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Política & Poder

‘Faz menos foguete e faz mais vacina’, diz Guedes sobre veto a verba para vacina do governo federal

O ministro da Economia argumentou que a pasta de Ciência e Tecnologia teve uma ampliação no orçamento neste ano

Redação Jornal de Brasília

04/05/2021 17h58

Thiago Resende
Brasília, DF

Após o governo federal vetar R$ 200 milhões para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a Covid-19, o ministro Paulo Guedes (Economia) disse que a decisão não coube a ele e sugeriu que ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) dê prioridade ao projeto com os recursos disponibilizados à pasta. “Eu até falei: ‘faz menos foguete e faz mais vacina’. Está soltando foguete e, ao mesmo tempo, não está dando vacina. Se tem prioridade, a prioridade é vacina, não é o foguete”, afirmou Guedes, relatando uma conversa com Pontes sobre o assunto.

O ministro da Economia argumentou que a pasta de Ciência e Tecnologia teve uma ampliação no orçamento neste ano e, por isso, Pontes poderia encontrar uma solução interna para não interromper a pesquisa de desenvolvimento de uma vacina brasileira.

Em março, logo após o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, anunciar que desenvolve uma vacina nacional contra a Covid-19, Pontes declarou à imprensa que já pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o aval para o início dos testes clínicos com um imunizante financiado pelo governo federal, que recebeu o nome de Versamune®-CoV-2FC.

Durante a discussão do Orçamento de 2021, os congressistas destinaram mais cerca de R$ 200 milhões a esse projeto. Mas, ao sancionar a programação de despesas do ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou os gastos, o que derrubou a verba à Versamune.

Nesta segunda-feira (3), o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, declarou que o governo já procurava uma solução para destinar o dinheiro à pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia. Um dia depois, Guedes indicou que Pontes deveria buscar recursos dentro do orçamento da própria pasta.

O ministro da Economia participou de uma audiência pública na Câmara com deputados membros de quatro comissões: trabalho, finanças e tributação, educação e seguridade social.

Ele tentou se defender de frases recentes que causaram repercussão e, após mais um ano, justificou a declaração de que, com R$ 5 bilhões, aniquilaria o novo coronavírus. “Volta e meia eu solto uma expressão infeliz, mas que é tirada de contexto totalmente”, argumentou.

Segundo Guedes, a frase de 2020 foi dita como uma comemoração por um acordo político que destinaria R$ 5 bilhões do Orçamento para ajudar no combate à Covid-19, pois ele já sabia naquela época que mais recursos seriam necessários para enfrentar a pandemia.

O ministro voltou a se defender das críticas em relação a outras declarações, como a de que a China “inventou” o coronavírus. Ele afirmou que se referia à origem do vírus e reforçou que tomou a vacina desenvolvida pelo chineses, a Coronavac.

As informações são da Folhapress

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