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Política & Poder

Fabrício Queiroz: ‘Para a família Bolsonaro, eu sou um leproso’

O aliado de Bolsonaro afirmou que pretende disputar o cargo de vereador da cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2024

Redação Jornal de Brasília

25/09/2023 22h58

Fabrício Queiroz, ex-funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro no RJ. Foto: Reprodução

São Paulo, 25 – Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e considerado braço direito do clã Bolsonaro no Rio, Fabrício Queiroz pretende seguir um caminho político independente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos. O policial militar reformado afirmou em entrevista à revista Veja que a família o vê como um “leproso” e reclamou da falta de apoio para sua candidatura à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no pleito do ano passado.

“Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os traem. Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado”, reclamou Queiroz.

Vereador

O aliado de Bolsonaro afirmou que pretende disputar o cargo de vereador da cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2024. Ele comparou Bolsonaro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao comentar a falta de apoio do clã durante as eleições do ano passado.

“Lula, assim que ganhou a eleição, foi para a Avenida Paulista em seu primeiro discurso. Do seu lado, estavam José Guimarães, Lindbergh Farias e vários outros acusados por crimes. Para a família Bolsonaro, eu sou um leproso”, disse.

No início de dezembro de 2018, o Estadão revelou que um relatório do Coaf apontava uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz. O valor é referente ao período entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Ex-policial militar, Queiroz é amigo de longa data da família Bolsonaro e, oficialmente, trabalhava como motorista de Flávio Bolsonaro. O relatório também indicava um repasse de um cheque de R$ 24 mil da conta de Queiroz destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O relatório foi anexado à investigação que, em novembro, levou à Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais envolvidos no esquema.

Prisão

Queiroz foi preso preventivamente em junho de 2020, em Atibaia (SP). Mas passou pouco menos de um mês na cadeia. O Superior Tribunal de Justiça lhe concedeu o direito à prisão domiciliar. Poucos meses depois, a mesma Corte lhe garantiu a liberdade. Em novembro, o STJ decidiu que a investigação só poderá andar com uma nova denúncia.

Estadão Conteúdo

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