JÉSSICA MAES
BELÉM, PA (FOLHAPRESS)
Antecedendo a cúpula de líderes mundiais que abre a programação oficial da COP30 em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma série de reuniões nesta quarta-feira (5). As conversas bilaterais acontecerão no Museu Paraense Emílio Goeldi.
Ao todo, estão previstas nove reuniões, com duração de cerca de 50 minutos cada. O principal nome da agenda é o da presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, que deve ser o último encontro, às 17h40.
A União Europeia é o quarto maior poluidor do mundo e responde por 6% do carbono jogado na atmosfera anualmente. Apesar disso, o bloco chega à conferência climática das Nações Unidas devendo a entrega da sua nova meta climática. Até agora, apenas 69 signatários do Acordo de Paris entregaram a atualização de seus planos para enfrentamento da mudança climática, representando 61% das emissões de gases de efeito estufa do planeta.
Além de von der Leyen, o petista se reunirá, pela manhã, com os presidentes da República do Congo, Denis Sassou N’Guesso, da Finlândia, Alexander Stubb, e de Comores, Azali Assoumani e com Sidi Ould Tah, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento.
No período da tarde, Lula encontra as presidentas do Suriname, Jennifer Geerlings-Simons, e de Honduras, Xiomara Castro, o primeiro-ministro de Papua-Nova Guiné, James Marape, e com o vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Ding Xuexiang.
Na quinta (6), o presidente brasileiro abrirá os discursos da cúpula de líderes. Ao longo de dois dias, o evento contará com falas de autoridades de mais de 130 países, além de órgãos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial e a Agência Internacional de Energia.
Há expectativa que, durante a conferência, sejam anunciados países investidores no TFFF, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, mecanismo para remunerar nações que preservem sua vegetação nativa e uma das principais apostas do Brasil para a COP30.
O encontro de alto nível deve tratar, ainda, de temas como a importância do financiamento climático, biocombustíveis, oceanos e combate a incêndios florestais.