A audiência de custódia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi encerrada no início da tarde deste domingo (23), após cerca de 30 minutos de sessão realizada por videoconferência.
Bolsonaro afirmou que a tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica ocorreu durante um suposto “surto”, possivelmente associado ao uso de medicamentos. Ele negou que tivesse intenção de fugir.
O procedimento foi conduzido por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que não participou diretamente.
A audiência teve caráter formal, servindo para registrar as condições de apresentação do ex-presidente, confirmar que ele foi informado sobre seus direitos e acolher eventuais manifestações da defesa.
Bolsonaro continuará em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O vídeo da sessão não será divulgado, apenas a ata será anexada ao processo no qual a ordem de prisão foi expedida, com cópia remetida à AP 2668, ação que trata da trama golpista e na qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses.
A sessão ocorreu no mesmo dia em que se encerra o prazo para que a defesa apresente explicações sobre a violação da tornozeleira eletrônica. Os advogados têm até as 16h30 para enviar as justificativas.
O relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do DF indica sinais de queimadura e manipulação no equipamento. Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda na tentativa de abrir a tornozeleira, ponto considerado crucial para a decretação da prisão preventiva, por indicar risco de fuga.