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Política & Poder

Eleitores fazem checagem paralela dos votos em Águas Claras

Arquivo Geral

07/10/2018 18h06

Rafaella Panceri/Jornal de Brasília

Rafaella Panceri
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Eleitores de Águas Claras se mobilizaram para checar os resultados das seções eleitorais no Centro Universitário Unieuro. Encerrado o período de votação, às 17h, eles começaram a fotografar boletins divulgados pelos mesários nas portas de cada seção. Cada relatório contém um QR Code, imagem em preto e branco que é divulgada e lida no aplicativo para smartphone Totalização Paralela 2018. A plataforma possibilita uma apuração alternativa e colaborativa das eleições gerais.

“Estou aqui por não confiar no processo eleitoral. Não entendo de tecnologia nem do funcionamento das urnas, mas acredito que é o mínimo que posso fazer exatamente por isso”, afirma o fotógrafo Alessandro Dias, 36.

O bancário Fernando Miguez, 53, reitera que cada usuário do app alimenta a plataforma por conta própria. “Não temos líder. Vim sozinho e fotografo o QR Code para colocar no aplicativo”, esclarece. Ele, que votou pela manhã, voltou ao centro universitário para conferir os resultados. “Tudo o que for possível para termos eleições mais transparentes deve ser feito. Como o voto não é impresso, isso torna a eleição mais suscetível a dúvidas”, sugere.

O empresário Nathan Pradela, 28, acredita em possíveis fraudes. “Vim por iniciativa própria checar o resultado final de cada seção. Essa apuração à parte é um direito nosso”, opina.

Atraso
O dia de votação na Unieuro correu dentro da normalidade, sem ocorrências policiais. Ao longo do dia, 15 mil pessoas passaram pela instituição. A servidora pública Érica Ferraz, 31, chegou 10 minutos antes do encerramento da votação. “Sempre venho depois das 16h. Assim, não pego fila”, conta. De fato, os mesários nem chegaram a distribuir senhas nos corredores e o movimento diminuiu a partir das 16h30. Em outras seções eleitorais, a equipe de mesários distribui números para quem está na fila da seção após o fim do período.

A empresária Daisy Oliveira, 60, chegou tarde por necessidade. “Estava trabalhando. Cheguei em cima da hora, cinco minutos antes, e fui a última da minha seção a votar. Tudo correu bem, sem confusão”, compartilha.

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