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Eleições 2018

Datafolha aponta Eliana, Rollemberg e Rosso como líderes no DF

Arquivo Geral

23/08/2018 7h00

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

Francisco Dutra
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Eleição é ganha na urna, mas estar bem na fita das pesquisas é um sinal animador. Assim pensam Eliana Pedrosa (Pros), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD). Segundo pesquisa do Datafolha, o trio está tecnicamente empatado na dianteira na corrida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A corrida ainda está em aberto, afinal anda existe um mar de indecisos.

Entre 919 entrevistados, Pedrosa tem 15% das intenções de voto. Rollemberg corre com 14%, seguido pelos 13% de Rosso. Como a pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, para cima ou para baixo, os competidores estão tecnicamente na ponta. Agora, a descrença com a política ainda mostra sua força com o fato de 24% dos eleitores declararam voto branco ou nulo e 8% ainda não terem definido qualquer posição.

“Fiquei muito feliz. Este resultado mostra que temos uma massa de indecisos muito grande. Minha candidatura, meu plano de governo ainda não são conhecidos por grande parte da população. Isso mostra que nossa campanha tem boa margem para crescer”, comenta Eliana Pedrosa. Apostando na parceria com o candidato a vice-governador Alírio Neto (PTB), ela pretende intensificar a campanha de rua, gastando sola de sapato para falar “olho no olho” com o eleitorado.

Vivo no jogo, Rollemberg tem plena confiança no potencial para chegar ao provável 2º turno destas eleições. Afinal, os votos pulverizados em 11 candidaturas dificulta a conquista da maioria absoluta no 1º turno. “A nossa campanha está crescendo. O sentimento quando caminho nas ruas é muito positivo. As pessoas entendem que deixamos a casa arrumada”, afirma. Se conseguir a passagem para o 2º turno, Rollemberg acredita que a igualdade de condições e tempo de televisão serão determinantes para o crescimento dos eleitores.

Rosso aproveita a deixa para alfinetar o governador. “Nosso crescimento deve-se, especialmente, à razão da linha da campanha. Está sendo limpa, séria e transparente, apresentando nossas avaliações dos problemas de cada setor e de cada cidade. Propostas e medidas urgentes para as diversas areas, segmentos das cidades e, especialmente, ouvindo a população com suas sugestões e relatos do descaso do atual governo na saúde, segurança, educação, emprego e desenvolvimento econômico e social”, argumenta.

Fraga lembra rejeição

Tendo 8% das intenções de voto, Alberto Fraga (DEM) não perde um fio de cabelo pelo resultado do estudo. Para Fraga, ainda tem muita água para correr debaixo da ponte, ou melhor até as urnas do 1º turno, em 7 de outubro. “A pesquisa coloca Rollemberg em 2º lugar? É por isso que as pesquisas estão predendo credibilidade entre as pessoas. Outro dado inquietante: o governo só tem 49% de rejeição? Este governo!? Que coisa, não?”, questiona. Por isso, seja qual for a posição nas futuras pesquisas, Fraga promete carga pesada na campanha de rua até o fechamento das urnas eletrônicas.

Candidato do MDB e detentor do 2º maior tempo de televisão e rádio no futuro, Ibaneis Rocha tem 2% das intenções. Mas na leitura do candidato, na leitura do quadro amplo, o números é positivo. “E muito. Primeiro, com poucos dias de campanha eu apareço nas pesquisas. Quase 80% das pessoas não escolheram candidato. Quem tem 14% de votos agora, tem na verdade 2,8% do eleitores. A eleição está totalmente aberta. A maioria dos outros é muito conhecida. Eu não. Como sou desconhecido, tenho oportunidade de crescer, eles não”, explica. Para isso, aposta na TV, rádio, debates, entrevistas e em bater o pé pelas cidades.

Info/Baggi/JBr.

Leila surpreende no duro set do Senado

A pesquisa Datafolha surpreende eleitores e politicos no desenho da partida pelas duas vagas para o Senado Federal. Pretendente a reeleição, o senador Cristovam Buarque (PPS) figura como líder com 27% dos eleitores. Até aí tudo dentro do previsível. Mas na sequência Leila do Vôlei (PSB) salta na frente dos concorrentes com 19%. Empatada, tecnicamente com Izalci Lucas (PSDB) e Chico Leite (Rede), ambos com 17%. Wasny de Roure (PT) vem bem atrás, com 11%.

Leila tinha eleição praticamente garantida para a Câmara Legislativa, mas decidiu jogar a dura disputa pelo Senado no “4º tempo”. “Tenho a caracteristica da luta, o corpo a corpo, a rua. Escolhemos uma campanha humanizada, panfletando, caminhando e fazendo reuniões com mulheres, principalmente. As pessoas estão vendo nossa mensagem de nova política. Mas também sou pé no chão. A eleição está no início. E jogo é jogado, até o último dia, a última hora, o último ponto”, declara.

Segundo Leila, a campanha está longe da zona de conforto. “Muito pelo contrário. Aí é que vêm as forças que vão tentar descontruir nossas propostas, nossa história. Mas fico motivada. Estamos entrando na caminhada”, completa. Padrinho da candidatura de Leila, Rollemberg aposta que Chico Leite tem plenas de condições de avançar no próximo estudo.

Líder da pesquisa, Buarque se limita a soltar uma frase. “Não costumo comentar pesquisa. Vou trabalhar para melhorar na próxima”, sorri. Por outro lado, fez questão de destacar o bom desempenho de Rosso, companheiro de coligação.

No campo liberal e conservador, Izalci Lucas tem agora um apoio de peso. O empresário Paulo Octávio (PP) apoia formalmente sua candidatura e também de Hélio Queiroz (PP). O líder empresarial era cotado para batalhar pelo Senado, mas desistiu. Neste novo tabuleiro, Lucas e P.O. vão trabalhar para a transferência das intenções de votos. Caso tenha êxito, o movimento pode catapultar Izalci para a posição de líder ou vice-líder das pesquisas.

Ponto de Vista

O cenário eleitoral é pulverizado e volátil no DF, avalia o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília. O desempenho de Pedrosa reflete recall da política, além do apoio do clá Roriz. A campanha recente de Fraga deixa clara a potência do aliado e ex-governador Arruda (PR). “Tudo indica que Rollemberg vai para o 2º turno. Ele tem o governo da mão. Pode ser que outros candidatos o apoiem. Depende de quantos e quais pedaços de bolo ele vai oferecer”, diz o professor. Sobre Leila, Fleischer lembra que ela é reconhecida pelos tempos de atleta e está conseguindo atingir a grande massa feminina de eleitores. “Cristovam é bem conhecido, a atuação parlamentar tem bastante Ibope e tem baixa rejeição”, arremata.

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