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Política & Poder

CPMI: Reis diz que foi ao Congresso ‘por curiosidade’

Ele disse que estava acompanhando tudo de casa e, ao ver a invasão acontecendo, decidiu pegar um transporte por aplicativo e ir à Esplanada

Camila Bairros

24/08/2023 12h48

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Prestando depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o sargento Luis Marcos dos Reis, subordinado do tenente-coronel Mauro Cid, que era o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), declarou ter participado dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro ‘por curiosidade’, mas que se arrependeu da conduta.

Ele disse que estava acompanhando tudo de casa e, ao ver a invasão acontecendo, decidiu pegar um transporte por aplicativo junto com sua esposa e ir à Esplanada. Lá, tirou fotos e depois voltou para casa. À CPMI, Reis disse que sua atitude foi um “ato impensado”, mas disse que no local não havia ‘ninguém’ dizendo que não podia subir no Congresso.

Reis está preso desde maio por suspeita em participação na fraude dos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua família. Relatório divulgado pela Polícia Federal em junho revela que o sargento enviou vídeos em cima da cúpula do Congresso para um primo com a mensagem: “Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar!”.

Em seguida, Luís Marcos dos Reis enviou um áudio, na mesma troca de mensagens, que dizia: “Entraram no Planalto, no Congresso, Câmara dos Deputados, entrou no STF. E quebrou, arrancou as togas lá daqueles ladrão (sic). Arrancou tudo! Foi, foi. O bicho pegou hoje aqui!”.

Mais tarde, por volta de 20h, Luís Marcos dos Reis disse que já estava em casa e que trabalharia cedo no dia seguinte, mas que “o recado foi dado”.

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