A CPI da Pandemia votaria nesta terça-feira (3) a convocação do ministro da Defesa, general Braga Netto. No entanto, após longo embate entre membros do Centrão e da oposição, decidiu-se que o requerimento será retirado para melhor elaboração.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento, anunciou que fará a retirada e a representação posterior “para deixar mais claro a quem não se deu o trabalho de analisar”. Segundo Vieira, Braga Netto coordenava ações de diversos ministérios e de outros órgãos, como o BNDES e a Anvisa. “Se esse cidadão não precisa ser ouvido em uma CPI que investiga ações e omissões do governo federal, eu tenho dúvidas de quem precisa”, disparou.
Por outro lado, a comissão aprovou requerimento que prevê a quebra de sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Os senadores também pedirão o afastamento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Conhecida como “Capitã Cloroquina”, Mayra defende que a covid-19 seja combatida também com medicamentos ineficazes contra a doença.
Antes da abertura da sessão, o presidente Omar Aziz (PSD-AM) declarou que a CPI vai fazer o pedido ao Ministério e também à Justiça. “Ela não tem mais condições de ficar ali depois do que vocês viram, do que o Brasil assistiu. Sinceramente, não dá para o ministro Queiroga manter na sua equipe uma pessoa que pensa totalmente diferente da ciência”, declarou Aziz.