Willian Matos e Geovanna Bispo
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O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), publicou requerimento pedindo que o Senado e a Câmara envie todos os registros de acesso e entrada do advogado Frederick Wassef nas respectivas casas entre 2020 e 2021. O mesmo vale para representantes da Precisa.
No requerimento, publicado na segunda-feira (9), Renan pede os registros das seguintes pessoas:
- Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro;
- Thais Amaral Moura, servidora do Palácio do Planalto e namorada de Wassef, acusada de produzir requerimentos apresentados por Ciro Nogueira e Jorginho Mello;
- Francisco Emerson Maximiano, proprietário da Precisa Medicamentos;
- Andrea Cecília Furtado, esposa de Francisco Maximiano;
- Danilo Fiorini sócio da Precisa Medicamentos e de outras quatro empresas ligadas a Francisco Maximiano;
- João Vitor Maximiano, acionista da Xis Internet Fibra, na qual Francisco Maximiano também é acionista;
- Danilo Berndt Trento, empresário que teria ligação com Francisco Maximiano;
- Gustavo Berndt Trento, empresário que teria ligação com Francisco Maximiano;
- Antônio Cássio dos Santos, que, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), teria feito transações atípicas com Francisco Maximiano;
- Felipe Maximiano;
- Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos;
- Emanuela Medrardes, farmacêutica funcionária da Precisa Medicamentos;
- José Carlos da Silva Paludeto, superintendente do Ministério da Saúde;
- Gustavo Alexandre Gaspar de Oliveira.
A Precisa Medicamentos é alvo da CPI por intermediar a compra da Covaxin com o governo federal. É atípico fazer negócios para aquisição de vacinas contra a covid-19 com intermediadores desta forma, como admitiu o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. O valor por dose (11 dólares cada) também seria exorbitante em relação às outras quatro vacinas que o Brasil usa hoje para imunizar a população.
Depois que a CPI ouviu diversos depoentes ligados ao caso, o ministro Marcelo Queiroga suspendeu e, depois, cancelou o contrato de compra da Covaxin. A comissão segue investigando a transação.