Menu
Política & Poder

CPI da Covid não vai chamar Pazuello de general

Ex-ministro era esperado na semana passada, mas alegou que teve contato com pessoas que testaram positivo para a covid

Willian Matos

10/05/2021 8h38

Foto: Carolina Antunes/PR

A CPI da Covid no Senado, que investiga as ações do governo federal no combate à pandemia, não vai tratar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello como general. Pazuello será chamado de senhor quando for prestar depoimento.

A informação é do jornalista Octavio Guedes. A estratégia é deixar claro que a CPI vai focar na atuação de Pazuello enquanto ministro, e não como general do Exército que foi.

Pazuello era esperado na quarta-feira passada, mas informou aos senadores que manteve contato com pessoas que testaram positivo para a covid-19 e, por isso, precisaria se manter em isolamento. A comissão entendeu e adiou o depoimento do ex-ministro para o próximo dia 19.

No entanto, Pazuello recebeu o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Oxyx Lorenzoni, após comunicar que ficaria em isolamento. Embora tenha quebrado a quarentena que disse ao Senado que cumpriria, a CPI não chegou a comentar o caso e nem tomar novas decisões.

O ex-ministro é esperado com ansiedade por senadores, sobretudo os da oposição ao governo. Foi na gestão dele que ocorreram colapsos marcantes na saúde pública, como o de falta de oxigênio em Manaus-AM.

Novos depoimentos

Nesta semana, a CPI da Covid terá sessões com novos depoimentos. São esperados na casa o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, o ex-secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, e um representante da farmacêutica Pfizer, que ofereceu vacinas contra a covid-19 para o Brasil, mas o governo federal recusou.

Há expectativas acerca do depoimento de Wajngarten porque, em entrevista à revista Veja, em abril deste ano, o ex-secretário culpa Pazuello pela demora na vacinação da população. Wajngarten foi o primeiro membro do governo federal à época a ser infectado pela covid-19, após viagem ministerial aos Estados Unidos.

A CPI já ouviu dois ex-ministros, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e também o atual, Marcelo Queiroga. Com Teich e Queiroga, o assunto predominante foi a cloroquina e a exaltação do medicamento (não eficaz contra a covid) por parte do presidente Jair Bolsonaro.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado