O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 12, que o governo analisa o que fará com o salário mínimo – se ele será ou não reajustado de R$ 1.302 para R$ 1.320 “Precisamos reestimar o que vai acontecer com a rubrica para submeter à decisão política”, disse Haddad.
Ele explicou que a rubrica destinada a essa elevação do valor, de R$ 6,8 bilhões, já foi consumida pela aceleração da fila do INSS.
“O relator, depois que orçamento foi encaminhado, reforçou a dotação do ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões, com objetivo de que o reajuste pudesse ser maior que o previsto. E esse recurso do orçamento foi consumido pelo andar da fila do INSS, porque a partir do início do processo eleitoral, por razão que não tem nada a ver com respeito a Constituição, a fila começou a andar, porque governo estava desesperado por voto”, disse o ministro.
Ele ainda rejeitou a ideia de que Lula não esteja cumprindo com o que foi prometido na campanha, já que o valor de R$ 1.302 já representa um ganho real frente a inflação acumulada. “Não tem nenhum pacto rompido, presidente cumpre sua palavra neste ano, e cumprirá nos próximos três anos”, respondeu Haddad a jornalistas
O ministro também destacou que o titular do Trabalho, Luiz Marinho, abrirá uma mesa de negociação com as centrais sindicais para avaliar “adequadamente” o assunto.
“Há pedido para Previdência refazer os cálculos para, na mesa de negociação, com as centrais, avaliar adequadamente e responsavelmente como agir a luz desse quadro”, concluiu Haddad.
Estadão Conteúdo