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Política & Poder

Comando da PM de SP manda investigar suposto direcionamento de votos em quartéis

A investigação será aberta por ser um desrespeito a orientações do comando-geral da PM de haver manifestações políticos partidárias

FolhaPress

29/09/2022 16h47

Foto: Agência Brasil

O comando da Polícia Militar de São Paulo determinou na quarta-feira (28) a abertura de investigação por parte da Corregedoria para apurar eventuais manifestações políticas dentro de quartéis, feitas por oficiais na corporação em suposta tentativa de direcionamento de votos.

A investigação foi aberta após reportagem do UOL divulgar áudio com manifestação de suposto oficial da PM de Jundiaí (a 58 km da capital paulista), na qual aparece orientando policiais a votarem conscientemente, lembrando “que a agenda de alguns partidos é acabar com a Polícia Militar”.

A manifestação teria ocorrido durante orientações para os trabalhos de policiamento para o próximo domingo (2), dia das eleições.

PMs ouvidos pela reportagem do UOL disseram haver uma tentativa de direcionamento por oficiais para que a tropa vote em políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Oficiais ouvidos reservadamente pela Folha de S.Paulo minimizaram as eventuais declarações em Jundiaí sob a justificativa de que a maioria da tropa já tem predileção por candidatos ligados ao presidente.

A investigação será aberta por ser um desrespeito a orientações do comando-geral da PM de haver manifestações políticos partidárias de policiais dentro de quartéis. Por isso, a ordem de investigação partiu do próprio comandante-geral da corporação, coronel Ronaldo Vieira.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, quando assumiu do comando da corporação em maio deste ano, Vieira afirmou que não queria manifestações políticas dentro dos quartéis.

“A Polícia Militar é uma polícia de Estado. Estamos em um Estado democrático de Direito, nós temos que respeitar a opinião de todas as pessoas e as preferências políticas. Só que política é fora de quartel. Ponto”, afirmou na ocasião.

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