A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) considerados omissos durante a invasão do 8 de janeiro mostrou uma troca de mensagens entre o coronel Klepter Rosa, hoje comandante-geral da PMDF, e Fábio Augusto Vieira, que ocupava o cargo na época.
Nessas mensagens de texto e áudio, Klepter aponta o ministro Alexandre de Moraes como “advogado de facção”, a afirmma que as eleições estariam “armadas”. De acordo com a PGR, a ideia das mensagens era fomentar teorias conspiratórias e antidemocráticas.
O documento feito pela PGR tem 196 páginas, e pode ser lido na íntegra aqui. Em outubro do ano passado, Klepter teria enviado um áudio chamando Moraes de “vagabundo” e defendendo o golpe militar.
“Na hora que der o resultado das eleições que o Lula ganhou, vai ser colocado em prática o art. 142, viu? Vai ser restabelecida a ordem, se afasta Xandão, se afasta esses vagabundo tudinho e ladrão, safado, dessa quadrilha… Aí vocês vão ver o que é por ordem no país. Não admito que o Brasil vai deixar um vagabundo, marginal, criminoso e bandido, como o Lula, voltar ao poder”, diz a mensagem compartilhada pelo atual comandante-geral da PMDF, que foi escolhido para o cargo pelo então interventor federal Ricardo Capelli, após os ataques de 8 de janeiro.