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Política & Poder

CNI rebate secretário: “afirmações desprezam contribuições”

“Não podemos deixar uma geração inteira de jovens ser sacrificada porque algum lobby não quer dar uma contribuição mais do que justa”

Geovanna Bispo

23/07/2021 17h15

Começam a ser trocados os nomes nas fachadas de ministérios, em Brasília.

Após fala do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, em que ele afirmava ser necessário “passar a faca” no Sistema S para se obter recursos para bolsas para jovens carentes, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), instituição que gere o sistema, rebateu o secretário.

“Querer desestruturar o trabalho já realizado pelo SESI e pelo SENAI por meio de uma ‘facada’, na tentativa de enfraquecer duas das principais instituições com capacidade para contribuir com os esforços de reduzir a informalidade e o desemprego no país, isso sim, é condenar uma parcela da população à pobreza”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

A fala de Sachsida ocorreu nesta sexta-feira (23), em live do jornal Valor Econômico. “Não podemos deixar uma geração inteira de jovens pobres ser sacrificada porque algum lobby não quer dar uma contribuição mais do que justa neste momento”, continuou.

Segundo o secretário, o programa que o governo federal estaria desenvolvendo utilizaria recursos do Sistema, prevendo um pagamento de R$ 550 para jovens que não tem condições de voltar aos estudos. Desse valor, metade seria paga pelo Sistema S e a outra metade pela empresa em que o indivíduo trabalha.

O Sistema S, que engloba serviços como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Social da Indústria (Sesi), já tem 79 anos e, de acordo com a CNI, já auxiliou mais de 80 milhões de trabalhadores.

Em nota, a Confederação afirma que as falas do secretário “demonstram profundo desconhecimento de como as instituições já contribuem, de forma efetiva e permanente, com a inserção de jovens brasileiros no mercado de trabalho, sobretudo os de classes menos favorecidas.”

Apenas o Senai, como continua a nota, participa de três programas do Ministério da Economia de inserção no mercado de trabalho e no aumento da produtividade de empresas. De acordo com a CNI, o Sesi e o Senai já vem buscando novos projetos da pasta para participarem.

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