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Política & Poder

Ciro passa com a esquerda o que eu passo com a direita, diz Janaina Paschoal, candidata ao Senado por SP

A deputada estadual foi a segunda candidata ao Senado por São Paulo a ser entrevistada por Ricardo Balthazar, repórter especial da Folha

FolhaPress

27/09/2022 20h23

Foto: Divulgação

Priscila Camazano
São Paulo, SP

A candidata ao Senado por São Paulo Janaina Paschoal (PRTB) afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo nesta terça (27) que o mesmo tratamento que Ciro Gomes (PDT) recebe da esquerda ela está recebendo da direita.

“É a esquerda pressionando o Ciro de maneira antidemocrática a desistir da sua candidatura, que é legítima, e a direita me pressionando a desistir da minha”, afirmou.

A deputada estadual foi a segunda candidata ao Senado por São Paulo a ser entrevistada por Ricardo Balthazar, repórter especial da Folha.

O jornal convidou os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais para as entrevistas, mas a equipe de Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, disse não ter conseguido espaço na agenda para participar.

De acordo com a última pesquisa Datafolha, França aparece na liderança das intenções de voto, com 31%, seguido por Pontes, com 19%, e Janaína, com 5%. Neste ano, apenas um candidato será eleito para a Casa.

Ao avaliar a ascensão da extrema direita após as eleições de 2018, a candidata afirmou que uma sociedade com pluralidade de pensamentos é muito muito bom, mas a direita precisará em algum momento refletir e perceber que a radicalização a enfraqueceu como um todo.

Questionada sobre qual seria sua avaliação dos quatro anos do governo Bolsonaro, a deputada limitou-se a dizer que houve acertos e erros. Para ela, as acusações contra Flávio Bolsonaro foram o que impactou negativamente a gestão do presidente.

“De certa forma impactou o [meu] apoio, porque eu tenho a luta contra a corrupção e pela transparência como algo primordial”, afirmou.

Sobre os ataques que Bolsonaro e seus apoiadores fazem ao STF e ao Congresso, ela disse não concordar. “Mas temos que ser justos. A culpa da insatisfação, da revolta e da indignação da população diante do Supremo são das decisões do próprio Supremo”, afirmou.

Segundo ela, as atribuições da corte precisam ser revistas. “O Supremo acabou virando uma quarta instância e não foi para isso que ele foi pensado”, afirmou.

Com relação a avaliação dos indicados à corte, a deputada defendeu que os concorrentes não devem ter contato com os senadores durante o processo. “Não podemos transformar algo tão sério em lobby”, disse.

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