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Política & Poder

Cid não responde questionamentos na CPMI

Orientado pelo Exército, que entendeu que Cid foi convocado para falar de temas ligados à sua função na corporação, o militar foi fardado

Camila Bairros

11/07/2023 12h07

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi convocado para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) desta terça-feira (11), porém, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que ele permanecesse em silêncio, para não produzir provas contra si mesmo, e foi o que ele fez.

“Até onde tenho conhecimento, sou investigado pelo Poder Judiciário, especialmente pelo STF, em ao menos oito ações criminais. Entre elas, a suposta falsificação de cartões de vacina; a suposta participação e incitação dos atos de 8 de janeiro e a suposta fraude na [tentativa de] retirada de presentes recebidos pelo ex-presidente. Por este motivo, não poderei esclarecer diversos outros questionamentos que poderiam ser feitos para além do contexto fático [relacionado aos atos golpistas de 8 de janeiro] e, por orientação da minha defesa e com base na ordem do habeas corpus concedida pelo STF, farei uso do meu direito constitucional ao silêncio”, explicou o tenente-coronel.

Orientado pelo Exército, que entendeu que Cid foi convocado para falar de temas ligados à sua função na corporação, o militar foi fardado para a sessão, e não respondeu às perguntas da comissão.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro recebeu vários questionamentos, dentre eles, sobre o documento golpista encontrado em seu celular. Cid está preso desde maio pela falsificação de cartões de vacina contra a covid-19.

De acordo com a relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), há um acordo com Arthur Maia (União-BA) para votar pedidos de quebra de sigilo após o depoimento de hoje, que será pausado para o almoço e retornará às 14h.

Essas quebras de sigilo devem atingir Mauro Cid, financiadores dos atos golpistas, empresas de armas e policiais militares investigados por omissão naquele 8 de janeiro.

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