O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho disse nesta quarta-feira, 23, que o debate com movimentos sociais sobre a Copa tem sido duro, mas que tem encontrado receptividade nos encontros. “Tem sido muito positivo. O debate é muito duro, se você tem 30 intervenções, 28 são críticas, está assim o clima.”
Contudo, o ministro avalia positivamente a iniciativa do governo e relata que, após as reuniões, a principal crítica que recebe é com relação à demora do governo em se comunicar sobre a Copa. “Não fizemos esse trabalho no tempo adequado”, admite Carvalho.
Nos próximos dias, o governo começará a veicular uma campanha televisiva para defender a realização da Copa no Brasil. Carvalho tem percorrido as cidades que sediarão o Mundial para fazer a ponte com os movimentos sociais, na estratégia que ele chama de “correção de rota”. Pesquisa Datafolha divulgada neste mês apontou que apenas 48% da população aprova a realização do Mundial no País.
“Há muita contestação exatamente porque as pessoas vêm para as reuniões com esse padrão de informação de que a Copa é um circo de corrupção, de gasto de dinheiro público em detrimento da saúde e da educação.” O ministro disse que “não tem lógica” comparar os gastos com obras para a Copa com orçamento para saúde e educação.
Carvalho voltou a defender que não há dinheiro do orçamento público nos estádios, mas somente em obras de infraestrutura que permanecerão para a população. O ministro disse que faz um “alerta” a quem diz que as obras vão ficar atrasadas: “vão quebrar a cara”.
Em seu périplo em defesa da Copa, o ministro passou por Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre. Amanhã conversa com grupos em São Paulo, onde já está hoje participando do evento sobre internet Arena Net Mundial.