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Política & Poder

Boulos quer uma democracia mais radical

Arquivo Geral

07/09/2018 7h00

Atualizada 06/09/2018 22h02

Guilherme Boulos (PSOL) durante a sabatina com os presidenciáveis realizada pelo UOL, Folha e SBT. Foto: Ariadne Barroso/Agencia Photo Press

Jorge Eduardo Antunes
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Filho de um professor de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Guilherme Boulos se candidata pela primeira vez à Presidência da República nas eleições deste ano. Formado em filosofia, engajou-se no movimento estudantil no começo da década passada, primeiro como membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), filiando-se ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em 2002.

Com toda a carreira política construída em torno da questão dos sem teto, Boulos ingressou no PSOL em março deste ano, justamente para disputar a Presidência da República. Por conta de sua atuação em ocupações, Guilherme Boulos foi preso algumas vezes e, por conta disso, responde a alguns processos.

A primeira aparição de Boulos na vida política foi em 2003, quando coordenou a ocupação de um terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP). Depois, em 2014, voltou a ter destaque por conta de resistências em torno de desocupações para a Copa do Mundo. Ganhou espaço na mídia e se tornou colunista de jornais e integrante de debates de portais.

Com seu programa de governo batizado de Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil, ele promete “enfrentar os privilégios econômicos, sociais, políticos, históricos da classe dominante no país”, com ênfase no combate ao que chama de ”estrutura oligárquica, predadora, atrasada, superexploradora do capitalismo brasileiro, agora em sua fase ultraliberal”. Para tanto, propõe uma democratização do poder e o combate à desigualdade social.

O programa tem medidas que ele alega que vão “apresenta medidas para ”enfrentar o capital financeiro, o agronegócio, os monopólios (incluindo os do controle da informação da grande mídia), os laços da dependência econômica, comercial e tecnológica.

Classificando o programa como “anti-sistêmico, popular, radical”, tem como objetivo combater o conservadorismo, lutar contra a desigualdade e por direitos de “mulheres, negros e negras, LGBTI, pessoas com deficiência, indígenas”.

As propostas de Guilherme Boulos passaram pelo crivo da parceria entre o Conselho Federal de Administração (CFA) e o Jornal de Brasília, que analisam as propostas dos principais postulantes ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.

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