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Política & Poder

Bolsonaro diz que Economia exagerou na reforma tributária e que Receita foi ‘com sede ao pote’

Versão da reforma do IR (Imposto de Renda) encaminhada ao Congresso pelo Ministério da Economia no fim de junho gerou uma onda de críticas ao texto feitas por empresários e especialistas

Redação Jornal de Brasília

20/07/2021 12h26

Foto: Adriano Machado/Reuters

Ricardo Della Coletta
FolhaPress

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (20) que “houve um exagero” por parte do Ministério da Economia na elaboração da reforma tributária e que a Receita Federal foi “com muita sede ao pote”.
As declarações foram dadas em entrevista à rádio Itatiaia.

“Houve um exagero por parte da Economia na reforma tributária, já está sendo acertado com o relator. Realmente, a Receita, no meu entender, como é muito conservadora, [eles] foram com muita sede ao pote. E eu falei, mesmo sendo projeto meu, se passar no Congresso e chegar para mim aumentando a carga tributária, eu veto. Eu não tenho problema em vetar o que nasceu de mim. Problema nenhum. Agora, o que nós não podemos fazer é aumentar carga tributária no Brasil”, disse Bolsonaro.

“Paulo Guedes [ministro da Economia] sabe do assunto, obviamente, ele é o nosso ‘Posto Ipiranga’. Também trabalha para que, no final das contas, não se aumente a carga tributária no Brasil”.

A versão da reforma do IR (Imposto de Renda) encaminhada ao Congresso pelo Ministério da Economia no fim de junho gerou uma onda de críticas ao texto feitas por empresários e especialistas.

O projeto original promovia um aumento agregado da carga de tributos sobre as companhias. Segundo cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), as mudanças propostas pelo governo poderiam aumentar a carga paga pelas médias e grandes empresas em até 71,5%, ao se considerar o lucro real. Para empresas com lucro presumido, esse aumento chegaria a quase 135%.

Diante das críticas, o relator da proposição, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), formulou um parecer para prever um corte de 12,5 pontos percentuais no tributo sobre empresas.

Já a análise da parte da reforma que unifica PIS e Cofins em um novo tributo (a CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços) foi adiada para agosto, depois do recesso do Congresso. O projeto foi entregue em julho do ano passado e até hoje não avançou.

As informações são da FolhaPress

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