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Política & Poder

Bolsonaro diz que sua briga é contra o Barroso

“É contra um ministro do Supremo, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor a sua vontade”, disparou o presidente

Redação Jornal de Brasília

03/08/2021 10h02

Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro fez declarações diretas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Bolsonaro tem atacado Barroso ao tentar implementar o voto impresso nas eleições de 2022 e repetiu as ofensas nesta terça-feira (3).

“O ministro Barroso presta um desserviço à nação brasileira. Cooptando gente de dentro do Supremo, querendo trazer para si, ou de dentro do TSE, como se fosse uma briga minha contra o TSE ou contra o Supremo. Não é contra o TSE nem contra o Supremo. É contra um ministro do Supremo, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor a sua vontade”, declarou Bolsonaro, na frente do Palácio da Alvorada.

O chefe do Executivo acusa Barroso de trabalhar contra a implementação do voto impresso. Bolsonaro afirma que o ministro se reuniu com lideranças para evitar que a questão seja votada no Congresso Nacional.

A reação de Bolsonaro nesta terça (3) é também ligada à reação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O órgão aprovou, na segunda (2), a abertura de um inquérito administrativo contra o presidente. O TSE vai pedir ainda a inclusão dele no chamado “inquérito das fake news”, que tramita no STF sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

“Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de crítica, de ouvir, e atender, acima de tudo, a vontade popular”, disparou o presidente hoje.

O inquérito administrativo, proposto pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, vai apurar se ao promover uma série de ataques sem provas contra a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônicos de votações, o presidente praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”. O inquérito eleitoral, segundo técnicos do TSE, pode acarretar em impugnação de registro da candidatura de Bolsonaro ou inelegibilidade do presidente.

 

 

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