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Política & Poder

Bolsonaro diz que pedido de expulsão de Eduardo do PSL é ‘ato autoritário’

Nesta quinta-feira (24), uma ala do PSL próxima ao presidente da legenda, Luciano Bivar, pediu a expulsão de Eduardo Bolsonaro

Lindauro Gomes

25/10/2019 9h55

Brazilian President Jair Bolsonaro attends a welcome ceremony outside the Great Hall of the People in Beijing, China October 25, 2019. REUTERS/Florence Lo

Em viagem oficial a China, o presidente Jair Bolsonaro classificou o pedido de expulsão de seu filho do PSL como “ato autoritário”.

“Está na cara que é um ato autoritário de quem não está ligado à democracia e à transparência”, disse Bolsonaro em entrevista aos jornalistas em Pequim.

Nesta quinta-feira (24), uma ala do PSL próxima ao presidente da legenda, Luciano Bivar, pediu a expulsão de Eduardo Bolsonaro, recém eleito líder do partido na Câmara.

A representação é assinada pelo líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), e pelos deputados da bancada paulista do partido Abou Anni, Coronel Tadeu, Joice Hasselmann e Júnior Bozzella.

O presidente criticou os deputados, que no passado estavam alinhados a ele, e ironizou: “não sei qual perfume o Bivar está usando”.

Bolsonaro também defendeu as interferências que fez no partido ao conversar com deputados para que apoiem seu filho contra Bivar.

“Se acontece algum problema com alguém no partido, quem vai ser responsabilizado: eu. Vão falar que é o partido do Bolsonaro. Estou me antecipando a problemas. Não quero ter dor de cabeça”, afirmou.

Chile

O presidente afirmou ainda que as manifestações que ocorreram no Chile foram um “ato terrorista”.

“O problema do Chile foi gravíssimo. Aquilo não é manifestação, nem reivindicação. São atos terroristas”.

O país vive uma onda de protestos desde sexta-feira (18), quando o governo chileno anunciou um reajuste na tarifa do metrô, que posteriormente foi suspenso.

Bolsonaro voltou a afirmar que tem conversado com o mistério da Defesa, caso ocorra episódios similares no Brasil.

“As tropas tem que estar preparadas para fazer a manutenção da lei e da ordem”.

O presidente disse ainda que já recebeu informes de reuniões e atos preparatórios de possíveis “manifestações não legais” sendo planejadas no país.

Nordeste

Bolsonaro também classificou de “ato terrorista” o derramamento de óleo nas nas praias do Nordeste, caso fique comprovado que não foi um acidente. Análises feitas pela Petrobras e pela Universidade Federal da Bahia apontam que o óleo tem origem na Venezuela.

Em postagem nas redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, insinuou que o Greenpeace poderia estar por trás do incidente.

O presidente evitou culpar a ONG e disse que tinha que conversar com o ministro. No entanto, também fez críticas: “o Greenpeace não nos ajuda em nada“.

Para dar uma resposta a crise, o presidente diz que o ministério da Economia estuda o pagamento de um seguro defeso extra a pescadores, marisqueiros e caranguejeiros. O impacto fiscal estimado é de R$ 240 milhões por mês.

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