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Política & Poder

Bolsonaro diz que não vai a reunião de cúpula do Mercosul no Paraguai

Bolsonaro perdeu aliados em muitos desses países devido a trocas de líderes em eleições recentes que levaram políticos de esquerda ao poder

FolhaPress

14/07/2022 17h42

Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (14) que não vai participar da próxima reunião de cúpula do Mercosul, marcada para o dia 21 deste mês, no Paraguai, que será o primeiro encontro presidencial de líderes da organização desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.

“Já falei que não vou mais. Na política, sempre você pode voltar atrás em algumas coisas. Mas a minha decisão, até o momento, é não ir ao Mercosul, apesar do apelo do Marito”, disse Bolsonaro a jornalistas referindo-se ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

“Gosto muito do Marito, temos muita coisa com ele em comum. Como, por exemplo, a piscicultura no grande lago de Itaipu”, continuou o brasileiro, ao emendar avanços na cultura de peixes no lago que divide os dois países na região do estado do Paraná.

Bolsonaro não falou por que desistiu de ir ao encontro. O presidente está em pré-campanha e enfrentará em outubro uma eleição presidencial na qual aparece em segundo lugar nas pesquisas de opinião.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela, país que está suspenso do bloco desde 2017. Além deles, são considerados estados associados, sem poder de voto, o Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, além da Bolívia, em processo de adesão.

Bolsonaro perdeu aliados em muitos desses países devido a trocas de líderes em eleições recentes que levaram políticos de esquerda ao poder, como Gabriel Boric, no Chile; Pedro Castillo, no Peru; e Luis Arce, na Bolívia, além de Gustavo Petro, que assumirá a Presidência da Colômbia em agosto.

Além deles, convive também o Alberto Fernández, presidente da Argentina desde 2019, com quem se desentendeu em reunião feita de forma online no ano passado.

Em mais de uma ocasião, o governo brasileiro avaliou sair do Mercosul e, em 2019, líderes de direita da região criaram um novo bloco, com afinidades políticas, o Prosul (Foro para o Progresso da América do Sul), que reunia uma série de mandatários que já deixaram o poder, como Mauricio Macri (Argentina), Sebastián Piñera (Chile), Martín Vizcarra (Peru) e Lenín Moreno (Equador), além de Iván Duque, de saída do governo da Colômbia.

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