O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (29), que espera um julgamento justo e sem revanchismo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que pode torná-lo inelegível por oito anos.
“Eu acredito, até o último segundo, na isenção e no julgamento justo, sem revanchismo, por parte do TSE”, disse o ex-presidente, que manifestou esperança de que haja pedido de vista por algum ministro.
A fala ocorreu no Aeroporto Santos Dumont, logo após Bolsonaro desembarcar de um voo saído de Brasília. Bolsonaro disse que, enquanto for vivo, quer “colaborar com o país”. Segundo o ex-presidente, caso se torne inelegível, ele poderá ser um bom cabo eleitoral para “vários bons nomes” de potenciais candidatos.
“Eu não sou um ex-presidente normal. Eu sou um ex-presidente que o povo já está com saudades. E temos potencial para ganhar as eleições de 2026”, afirmou. “Aqui no Brasil, parece que querem tirar uma liderança política que, segundo a opinião pública, uma grande parte [da opinião pública], fez a coisa certa, apesar dos problemas”, afirmou.
Atos golpistas
O ex-presidente falou ainda sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Para Bolsonaro, os protestos parecem ter sido facilitados “para alguém tirar proveito. E esse alguém não foi Jair Bolsonaro, muito menos a direita”.
Segundo ele, as invasões e depredações em prédios públicos não foram cometidos pelas pessoas que estavam acampadas em frentes aos quartéis, mas por pessoas que chegaram a Brasília, em ônibus, naquele fim de semana.
O ex-presidente disse ainda que tanto os acampamentos quanto os atos golpistas de 8 de janeiro não tiveram uma “figura central” por trás deles. “Tudo era espontâneo da parte deles.”
Sobre sua relação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Bolsonaro disse que lamenta as divergências com ele e com outras autoridades durante sua presidência.
“A gente lamenta. Eu não levo nada para o lado pessoal. Apesar de ter muita discordância no tocante a ele, em especial com as prisões em Brasília [de suspeitos de envolvimento com os atos de 8 de janeiro], chefes de família, vovós, vovôs, pais, mães presos até o dia de hoje”, afirmou o ex-presidente.
As informações são da Agência Brasil