O caso das joias parece ganhar um novo capítulo. Em agosto, Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que Mauro Cid, tenente-coronel que atuava como seu ajudante de ordens, tinha autonomia, e que vendeu os pertences sem nenhuma ordem. “Não vou mandar ninguém vender nada”, declarou o ex-presidente na ocasião.
Porém, contrariando o que foi dito por Bolsonaro, Cid disse em delação premiada que o ex-presidente mandou avaliar o valor do Rolex, além de ter dado aval para vender as joias. A declaração confirma a suspeita anterior da Polícia Federal, de que as joias foram vendidas a mando do então chefe do Executivo. O valor teria sido recebido em dinheiro vivo para não deixar rastros.
Depois de ser preso em maio, Mauro Cid deixou a prisão no dia 9 de setembro, depois que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, homologou o acordo de delação premiada.