Nesta segunda-feira (12), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), criticou o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). O parlamentar gravou uma conversa entre os dois e, no domingo (11), publicou parte do diálogo. “Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? […] A que ponto chegamos no Brasil”, disse em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada
Na conversa gravada, Bolsonaro defende que a CPI da Pandemia no Senado também investigue governadores e prefeitos que, de acordo com ele, também são responsáveis pela crise sanitária instalada no país. O presidente afirmou ainda que o gravação só poderia ter ocorrido com uma autorização legal.
“Gravação só com autorização judicial. Gravar o presidente e divulgar…E outra, só para controle, falei mais coisa naquela conversa. Pode divulgar tudo, da minha parte”, disse Bolsonaro.
Também para apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente chamou os governadores de ditadores quando foi questionado sobre a retomada da atividade turística no Brasil. “Primeiro temos que restabelecer o direito de ir e vir da população. O problema é mais sério do que se pode imaginar. Temos ditadores fazendo barbaridades em seus estados”, afirmou Bolsonaro.
Conversa com Kajuru
“Se não mudar o objetivo da CPI, ela vai vir para cima de mim. O que tem que fazer para ser uma CPI útil para o Brasil: mudar a amplitude dela, bota presidente da República, governadores e prefeitos”. Essa foi a declaração de Bolsonaro divulgada pelo Senador Jorge Kajuru.
Em outro momento da conversa, Bolsonaro diz que se a CPI não mudar serão ouvidos as pessoas que ele chamou de “gente nossa”.
“Se não mudar (a amplitude), a CPI vai simplesmente ouvir o (ex-ministro Eduardo) Pazuello, ouvir gente nossa, para fazer um relatório sacana”, afirmou Bolsonaro no diálogo.
CPI da pandemia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a instalação da comissão que tem objetivo de investigar as eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia.