O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (12), que o Brasil está “voltando a ser o país da fome”. A declaração veio em tom de preocupação com a economia do país. Bolsonaro é a favor da retomada de setores e do fim do isolamento social, medida de prevenção ao novo coronavírus.
“Eu vejo o jornal meio de ‘de diagonal’, que estamos voltando o país à fome em função disso. Tem que tratar a questão do vírus junto com o emprego. Quando você trata só de um, problemas se avolumam”, afirmou Bolsonaro.
Apesar disso, o presidente acredita que a economia “resiste”. “Apesar de todos os problemas que nós temos, a pandemia, a economia resiste ainda. Lógico que vai ter alguma perda, né? Mas estão fazendo o possível para atender ao interesse maior de todos aqui no Brasil”, declarou Bolsonaro, durante a cerimônia de hasteamento da bandeira, no Palácio da Alvorada.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, estava acompanhando o presidente na cerimônia. Bolsonaro questionou Guimarães sobre reduções de juros, e o presidente respondeu que virão “boas notícias”
Guimarães anunciou uma redução na taxa de juros do cheque especial. “Era 14% e está em 2,9% o cheque especial. E vai baixar mais ainda?”, indagou Bolsonaro. Com a resposta afirmativa de Guimarães, Bolsonaro brincou: “Por isso que eu sou o mais novo cliente da Caixa. Vem para a Caixa você também”.
“Se fosse comigo, seria diferente”
Questionado por um apoiador sobre a situação de São Paulo, cujo governador ampliou a quarentena até o dia 31 de maio, Bolsonaro disse que adotaria medidas diferentes das atuais. “Os prefeitos têm que conversar com o João Doria, porque o Supremo deu poderes para ele decidir. Se fosse comigo, seria diferente”, disse.