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Política & Poder

Bolsonaro acredita que proposta do voto impresso será derrotada na Câmara

Presidente acusa Barroso de apavorar deputados para que PEC não seja aprovada. Poderes já preveem de fato a derrota

Redação Jornal de Brasília

09/08/2021 10h06

Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro falou nesta segunda-feira (9) sobre a proposta de emenda à Constituição que determina a implantação do voto impresso nas eleições de 2022. Bolsonaro acredita que o plenário da Câmara dos Deputados não irá aprovar o texto.

“Vai ser derrotada a proposta”, opinou Bolsonaro, em entrevista à rádio Brado, da Bahia. O presidente disse que a Câmara não aprovará a PEC devido a supostas pressões feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

“O ministro Barroso apavorou alguns parlamentares, e tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo, né? O Barroso apavorou. Foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, acusou Bolsonaro.

Na última quinta-feira (5), sessão da comissão especial da Câmara vetou a PEC por 23 a 11. No entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que levará a proposta a plenário, e a medida deve ser votada na terça (10).

Líderes já pensam em saída

Líderes do Congresso, integrantes do governo e ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já pensam em estratégias para reduzir a tensão entre os Poderes após a análise do voto impresso na Câmara. A expectativa da cúpula do Congresso é que o plenário derrube o texto. Com isso, a missão é frear as críticas de Bolsonaro às urnas eletrônicas.

Presidente e apoiadores mais radicais do bolsonarismo defendem o que chamam de “voto auditável”, embora o sistema atual já passe por nove auditorias. Diante da escalada de tensão da última semana, uma das soluções em negociação é o aumento no número de urnas eletrônicas que seriam submetidas ao teste de integridade, o que seria mais uma prova da lisura do pleito e daria a Bolsonaro narrativa para justificar a apoiadores que a luta pela mudança no modelo teve resultado.

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