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Política & Poder

Aziz afirma que Queiroga vai retornar à CPI porque ‘mentiu até mais’ do que Wajngarten

Aziz também o aconselhou a falar a verdade das próximas vezes, até porque afirma ter a certeza de que o depoimento terá desdobramentos

Redação Jornal de Brasília

12/05/2021 20h08

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Julia Chaib e Renato Machado
Brasília, DF

Na parte final da sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (12), o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), criticou duramente o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, afirmando que ele não saiu preso, mas pode ter perdido o legado.

Aziz também o aconselhou a falar a verdade das próximas vezes, até porque afirma ter a certeza de que o depoimento terá desdobramentos. E aproveitou para criticar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que depôs na semana passada.

“A prisão seria o menor castigo que o senhor [Wajngarten] receberia na vida. Vossa Excelência não agradou ninguém aqui hoje. Você vai sofrer. Isso eu lhe digo porque a experiência que eu tenho em vida, a vida machuca a gente, e a prisão não seria nada mais terrível do que você perder a credibilidade, a confiança e o legado que construiu até agora”, afirmou o senador.

“Ninguém vai vir aqui na CPI achando que vai me intimidar, ninguém vai me intimidar. É minha obrigação aqui fazer justiça, mas fazer justiça não com o fígado, e sim conquistando duas doses de vacina para cada um dos brasileiros”, completou o presidente. Aziz acrescentou que o ministro Queiroga vai voltar a depor na CPI, até porque “mentiu” em seu primeiro depoimento. “O ministro da Saúde vai ter que voltar aqui, porque mentiu muito, mentiu demais, mentiu até mais do que você.”

CPI vai enviar depoimento de Wajngarten ao Ministério Público

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu encaminhar ao Ministério Público o depoimento do ex-secretário Fabio Wajngarten, que está sendo realizado nesta quarta-feira (12), para que apure eventual crime de falso testemunho. Wajngarten chegou a ter um pedido de prisão feito pelo relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que acabou não acatado por Aziz.

O presidente da CPI aceitou o pedido de Humberto Costa (PT-PE) para que o conteúdo do depoimento fosse encaminhado para eventual responsabilização. Aziz leu despacho na qual decide “remeter os autos do depoimento testemunhal ocorrido na sessão de hoje (12), pelo sr. Fabio Wajngarten, ao Ministério Público, para a tomada de providências que o procurador responsável entender cabíveis, no sentido de promover a apuração e eventualmente a responsabilização, inclusive com a aplicação de penas restritivas de direito, pelo eventual cometimento do crime de falso testemunho perante essa comissão”.

As informações são da FolhaPress

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