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Política & Poder

“Atos golpistas tiveram conivência de integrantes da PMDF”, diz Chico Vigilante

Na próxima quarta-feira (27), será marcada uma data e feito o convite para que Gonçalves Dias dê seu depoimento na CPI

Camila Bairros

20/04/2023 11h57

Foto: Sérgio Lima/AFP

Em entrevista concedida à rádio CBN nesta quinta-feira (20), o deputado distrital Chico Vigilante, que é o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF (CLDF), disse que os atos antidemocráticos não teriam acontecido sem a conivência e participação participação de integrantes da PMDF e do Exército brasileiro.

Sobre a instaçação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que é uma comissão mista e temporária criada a requerimento de pelo menos um terço dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, Vigilante disse ser a favor. “Logo no início da CPi eu dizia que era importante o Governo Federal se posicionar, e que deputados e senadores que apoiam o governo deveriam formar uma CPI para investigar esses atos tenebrosos”, revelou ele, afirmando também que o trabalho de investigação local seguirá.

A principal diferença entre a CPI da CLDF e a CPMI é de que o Congresso pode convocar Ibaneis Rocha para depor, caso seja de interesse da Casa, para avançar nas investigações.

Apesar da investigação nacional, Vigilante disse não acreditar em um enfraquecimento da CPI da CLDF, o que ele considera ser um dever da Casa.

Na última quarta-feira (19), foi divulgado um vídeo onde Gonçalves Dias, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estava dentro do Palácio do Planalto durante as invasões de 8 de janeiro. Depois da repercussão, ele pediu demissão do cargo.

Chico Vigilante então questionou o porquê dessas imagens só terem sido liberadas agora. “Por que essas imagens foram editadas e mostraram, desta vez, o general G. Dias? Quando fizemos o requerimento dizendo que queríamos todas as imagens relacionadas ao dia 8 de janeiro, pedimos também para os técnicos irem ao GSI e copiar, e eles não liberaram”, disse o deputado.

Sobre Gonçalves Dias, Vigilante disse acreditar que ele foi enganado. “Ele acreditou demais em pessoas em quem não deveria acreditar. Foi dito que aquela câmera do 3º andar do Palácio não estava funcionando. Ele não deveria ter ido lá sozinho, estava lidando com terroristas, correndo risco de morte. Deveria ter chamado a equipe imediatamente e ordenado já naquele momento a prisão de todos os envolvidos”, afirmou.

Na próxima quarta-feira (27), será marcada uma data e feito o convite para que Gonçalves Dias dê seu depoimento na CPI.

A oitiva do general Augusto Heleno, que foi o chefe do GSI do governo Bolsonaro, estava marcada para acontecer ontem (19), mas ele procurou o presidente da CPI no dia anterior para avisá-lo da desistência após ter sido aconselhado por seus advogados.

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