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Política & Poder

Após inflar números de pessoas vacinadas, Queiroga apaga publicação no Twitter

Queiroga afirmou que havia vacinado mais de 315 milhões de pessoas, em um país com 214 milhões de habitantes

Redação Jornal de Brasília

27/12/2021 12h23

Foto: Reprodução

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, apagou no início da manhã desta segunda-feira, 27, uma publicação no Twitter, na qual inflou os números da população, para justificar as ações do governo durante a pandemia do coronavírus. No post, Queiroga afirmou que havia vacinado mais de 315 milhões de pessoas. Entretanto, o Brasil tem apenas 214 milhões de habitantes, de acordo com a última estimativa de população divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – que não realizou o Censo por causa da pandemia.

Após a repercussão negativa da afirmação, o ministro fez nova publicação na qual corrigiu os dados, que se referiam na verdade, a “mais de 315 milhões doses de vacina contra a Covid-19 e distribuímos mais de 380 milhões de doses aos Estados e municípios. Fomos um dos primeiros do mundo a aplicar doses de reforço e já estamos doando vacinas para países mais necessitados”, afirma.

Além disso, Queiroga cita cifras de investimentos aplicados para o avanço da vacinação contra a covid-19.

A postagem do ministro respondia a críticas feitas a sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Atualmente, a pasta abriu consulta pública sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos, mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Câmara Técnica de Enfrentamento a Covid-19 (Cetai), da pasta, recomendarem a vacinação para crianças nessa faixa etária.

Especialistas afirmam que a consulta elaborada pelo Ministério traz perguntas que reforçam posição contra a vacinação.

Quiroga também afirmou no último dia 23, que a pasta recomendará que a vacinação em crianças nessa faixa etária só acontecerá mediante prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.

Ao menos 15 Estados e o Distrito Federal se colocaram contra a medida e dizem que não vão exigir pedido médico para a vacinação de crianças.

Estadão Conteúdo

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