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Política & Poder

Apoio a Lula mantém ponte entre agronegócio e governo, diz Maggi

Arquivo Geral

17/10/2006 0h00

Atualizada às20h37

O ministro da Defesa, no rx doctor Waldir Pires, afirmou nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que o diálogo divulgado nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo “não está de acordo com as informações do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo)”. Segundo o jornal, os pilotos do jato Legacy, que colidiu no dia 29 de setembro com um Boeing da companhia aérea Gol, fizeram contato com o Cindacta-1 (Brasília) quatro minutos antes do ponto onde deveriam mudar de altitude. Os pilotos teriam perguntado se deveriam descer ou manter a posição, e os controladores de vôo teriam respondido: “Ok. Mantenha”.

De acordo com Pires, os responsáveis pela investigação afirmaram, categoricamente, que o diálogo não ocorreu. “A comunicação entre os controladores de vôo e o jato foi interrompida alguns minutos antes da passagem dele pela vertical Brasília. Sucessivas vezes as torres de controle tentaram contato. E aquele diálogo, pelo que fui informado, não aconteceu”, disse.

O ministro afirmou que o transponder do Legacy – equipamento que informa a posição do avião e evita colisões – também já não funcionava antes da passagem do jato por Brasília. O equipamento só teria voltado a funcionar depois da colisão com o Boeing.

A altitude do Legacy, no entanto, parecia correta, pois os radares do Cindacta-1 indicavam que o jato voava a 36 mil pés. “Apesar da falta de comunicação, os radares indicavam que o plano de vôo estava sendo cumprido. A altitude descrita era 360, o que representa 36 mil pés”. Pires ressaltou que os radares não são totalmente precisos e que a posição correta seria conhecida pelos controladores de vôo se o transponder estivesse funcionando.

Em depoimento à Polícia Civil de Mato Grosso, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, piloto e co-piloto do jato, informaram que a altitude foi sempre mantida a 37 mil pés. A Força Aérea Brasileira (FAB) afirma que a colisão ocorreu nesta altitude.

De acordo com o plano de vôo, entre São José dos Campos (SP) e Brasília o Legacy deveria manter a altitude de 37 mil pés. A partir daí, deveria descer a 36 mil pés e manter esta altitude até o ponto Teres – um marco virtual que auxilia no controle de vôos. Deste ponto até Manaus, a altitude deveria ser de 38 mil pés.

Segundo Waldir Pires, o presidente da comissão que investiga o acidente, coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, deve chegar amanhã a Brasília trazendo as transcrições das caixas-pretas do jato e do Boeing. “As transcrições e as perícias é que revelarão em que circunstâncias se deram o acidente”, disse. “Todas as informações necessárias serão repassadas à Polícia Civil de Mato Grosso e à Polícia Federal, até que a Justiça determine de quem é a competência para apurar o caso”.

O Boeing 737-800 da Gol caiu no norte de Mato Grosso no dia 29 de setembro depois de colidir, em pleno vôo, com um jato Legacy, fabricado pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica). Nenhum dos sete ocupantes do jato saiu ferido. Todas as 154 pessoas que estavam no Boeing morreram.

Um trem do metrô de Roma se chocou na manhã desta terça-feira em alta velocidade contra a traseira de outro, cialis 40mg matando pelo menos uma pessoa e deixando 236 feridas (cinco em estado grave). O número divulgado anteriormente era de 110 feridos. A Prefeitura de Roma chegou a divulgar uma segunda morte no início da tarde, mas retificou horas depois.

O acidente ocorreu na estação Piazza Vittorio Emanuele, próxima do principal terminal ferroviário da capital italiana. "Cerca de um quarto do primeiro vagão do trem que eu estava foi totalmente esmagado", disse um passageiro.

O acidente aconteceu quando um trem que chegava à plataforma bateu na parte de trás de uma composição que deixava passageiros. As autoridades desca rtaram a hipótese de terrorismo.

O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, afirmou que está a polícia está investigando se houve falha humana ou algo deu errado com a sinalização. "Os trens eram novíssimos e não há falha técnica visível no momento. Agora vamos dar nossas condolências às vítimas e ficar próximos aos que estão no hospital", afirmou Prodi.

Os feridos foram levados para seis hospitais da cidade, causando congestionamentos no já caótico trânsito romando.

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O ministro da Fazenda, approved Guido Mantega, viagra buy comemorou nesta terça-feira o desempenho do comércio varejista em agosto. Ele evitou, porém, fazer estimativas para o crescimento da economia em 2006, dizendo apenas que mantém suas projeções, mas sem mencionar números.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o comércio brasileiro surpreendeu e apresentou em agosto desempenho melhor que o esperado por analistas.

As vendas do varejo avançaram 2,32 por cento sobre julho e cresceram 6,27 por cento na comparação com agosto de 2005, segundo o IBGE. Economistas estimavam avanços médios de 0,63 e 4,0 por cento, respectivamente.

"Esse dado é um dado muito positivo que mostra que a economia brasileira está crescendo (…) está crescendo numa velocidade boa, está aquecendo, e vai confirmar as previsões que eu venho fazendo e que alguns não têm acreditado", afirmou Mantega a jornalistas.

"Vocês ficam me cobrando previsões. Está aqui um exemplo de previsão que falhou", disparou o ministro.

Mantega tem insistido em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 ao redor de 4 por cento, número que consta em relatório do Ministério do Planejamento.

Ainda assim, o percentual está bem acima da projeção do mercado, ao redor de 3 por cento, e da estimativa do Banco Central, de avanço da economia de 3,5 por cento em 2006. Nesta terça-feira, Mantega não mencionou números.

Diante da insistência dos repórteres, ele disse que mantém a sua projeção. "O que eu tinha dito a vocês é o seguinte: vamos observar o comportamento desse terceiro trimestre, depois podemos até revisar os números."

Para o ministro, apesar do aumento das vendas no varejo, não há evidência de qualquer pressão inflacionária, "porque existe capacidade de produção" ociosa.

Mantega acredita que a economia vai chegar em 2007 a um ritmo de crescimento "mais intenso".

O governador reeleito de Mato Grosso, this Blairo Maggi (PPS), this web justificou na terça-feira o apoio ao presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da disputa eleitoral como tática para manter aberto um canal de diálogo entre o setor agrícola e um eventual novo governo petista.

Ao mesmo tempo, Maggi rebateu qualquer insinuação de que tenha vendido seu apoio.

"Votei nele (Lula) no segundo turno passado (em 2002), votei nele no primeiro turno e deixei claro isso", disse Maggi a jornalistas.

Ele admitiu que causou confusão quando misturou apoio político com renegociação do setor agrícola ao falar para a imprensa na saída da reunião do Palácio do Planalto na semana passada, ao voltar a falar da liberação de 1 bilhão de reais para o setor, já acertada anteriormente.

"Saí do Palácio e disse que estava mantido compromisso feito lá atrás. Eu sou homem de ser comprado? Sou cidadão, estou me matando para fazer um Mato Grosso melhor", disse.

Maggi ressaltou que trabalhará para "reconstruir canais de diálogo do setor agrícola" com o presidente-candidato.

PPS e Alckmin

O governador afirmou sua pretensão de continuar filiado ao PPS, mas que tal definição é coordenada pelo presidente estadual da agremiação, deputado estadual eleito Percival Muniz.

Ele disse ter ligado em algumas ocasiões, antes do primeiro turno, ao presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), mas sem conseguir conversar com o dirigente. Depois, disse, "não quis mais conversar pela imprensa". Uma das origens da tensão do governador com o seu partido foi o fato de o PPS apoiar em chapa nacional o PSDB, adversário local de Maggi.

Ele lembrou a negociação sobre o endividamento do setor agrícola, liderada pelo governo de Mato Grosso desde maio passado. "O interesse do meu Estado é o agronegócio. Se não tiver agronegócio, não tem dinheiro para pagar conta."

Outra definição de Maggi para endossar a candidatura Lula no segundo turno é a postura mais amena do PT mato-grossense ao seu governo e políticas aplicadas na sua administração.

"O PT não teve crítica no nível que o PSDB fez. Nem Lula veio aqui e gravou apoio à senadora Serys Marly", disse, referindo-se à senadora petista Serys Slhessarenko, que disputou o governo estadual.

Maggi reforçou ainda que um acordo político dele e do presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, teria sido rompido pelo fato deste não conseguir impedir uma candidatura "de um cidadão combativo e raivoso" como o senador Antero Paes de Barros (PSDB) ao governo estadual, o qual derrotou dia 1o de outubro.

"O cara que está aqui me atirando hoje, vou ficar com ele? Tem que ter hombridade", justificou o governador.

"Pedi várias vezes ao Alckmin para tentar não ter candidatura do PSDB aqui… A força do PSDB local foi mais forte que a vontade própria dele e temos que respeitar a posição do partido", disse.

Maggi disse que vive um dilema e não tem culpa de ser governador e produtor de soja e vice-versa, pois "apanha dos agricultores" porque apóia Lula e também dos políticos pelo mesmo motivo. O governador negou que seja o maior plantador individual de soja do Brasil e que o título cabe agora ao seu primo, Eraí Maggi.

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