O mercado imobiliário tem consolidado sua importância entre os segmentos do setor da construção, respondendo por parte significativa do desempenho e resultados positivos dessa indústria no Brasil. A oferta de moradia digna para a população, necessidade estratégica em um país que carrega déficit habitacional superior a 6,5 milhões de imóveis, é desafio e oportunidade para o setor privado, com impacto também na economia e no desenvolvimento.
A contribuição do nosso setor está refletida em indicadores como o da geração de empregos, por exemplo: em setembro, a construção gerou 17.024 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. São 27% mais empregos formais que os criados no mês anterior, em todo o país. Esse resultado encontra no mercado imobiliário uma alavanca decisiva, decorrente do alto volume de investimento e demanda por moradia.
A construção e incorporação imobiliária estimulam outros segmentos da indústria, contribuindo para o aquecimento de 97 setores, desde o de insumos até móveis e decoração; linha branca; cama, mesa, banho e outros. Essa interface significa emprego e renda em um ecossistema mais amplo, para além da construção e entrega dos empreendimentos em si.
2024 tem registrado a consolidação do mercado imobiliário em um ambiente de maior atenção do poder público para a sua importância em todo o país. O governo federal tem tomado iniciativas para estimular o setor da construção, como a missão 3 do programa Nova Indústria Brasil, que traz a habitação como vetor estratégico de investimento para os próximos anos. A ADEMI DF participou do lançamento das metas, em cerimônia no Palácio do Planalto na primeira semana de novembro.
Esse cenário se reflete também no Distrito Federal, onde o GDF tem costurado avanços seja com a modernização de marcos regulatórios, seja com a ampliação da oferta de lotes regulares para construção e incorporação imobiliária. A combinação do panorama nacional com o local sinaliza a oportunidade para investimentos novos, com efeitos positivos para 2025: mais um ciclo de emprego e renda, fruto da oferta de moradia.
Por Roberto Botelho, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF)