O convite foi feito pelo ministro da Presidência de Micheletti, Rafael Pineda, por meio de uma carta. Segundo Pineda, Zelaya comporia o Gabinete de unidade junto com os presidentes dos cinco partidos políticos legalmente inscritos no país, além da União Cívica Democrática (UCD), que reúne diversas organizações sociais e apoia o Governo de fato.
O ministro afirmou que a proposta segue “o mais puro espírito do acordo Tegucigalpa-San José”, que acrescentou que o Gabinete deverá ser formado nos próximos dias.
“Se no entanto ele não for criado, o Governo atual tem a responsabilidade e o compromisso de continuar no poder até o dia 27 de janeiro e entregá-lo ao próximo presidente”, explicou.
O presidente eleito de Honduras, que aguarda a confirmação oficial do resultado das eleições de 29 de novembro é Porfirio Lobo, do Partido Nacional.
A resposta negativa de Zelaya em integrar o governo de unidade foi revelada por seu porta-voz, Rasel Tomei, à Agência Efe.
“O presidente Zelaya reiterou que nunca aprovará o regime golpista de Micheletti”, disse.
“O povo elegeu Manuel Zelaya para presidente, e Micheletti não foi eleito por ninguém”, enfatizou Tomei.
O acordo Tegucigalpa-San José estabelecia a instalação de um Governo de unidade em 5 de novembro, mas ele não foi criado porque tanto Micheletti como Zelaya queriam presidí-lo.