Menu
Mundo

Vice dos EUA frustra europeus, ignora Ucrânia e anuncia que Trump é novo xerife

Redação Jornal de Brasília

14/02/2025 12h54

j.d. vance

Foto: Ludovic Marin/AFP

RICARDO DELLA COLETTA
MUNIQUE, ALEMANHA (FOLHAPRESS)

Quando o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, prestou solidariedade pelo atentado que ocorreu na quinta-feira (13) em Munique, ele disse esperar que os aplausos da plateia não fossem os únicos em seu discurso.


O público da Conferência de Segurança de Munique, formada em boa parte por lideranças da Europa ávidos por uma sinalização de que os EUA continuavam a apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, acompanhou em silêncio enquanto Vance ignorava o conflito no Leste da Europa e criticava políticas de regulação das redes sociais.


“A ameaça que me preocupa é a interna”, disse Vance.


O vice de Trump criticou o fato de o Supremo da Romênia ter anulado as eleições no país por suposta interferência russa.


Atacou o que chamou de práticas de “censura digital” contra “conteúdos de ódio”, numa referência às iniciativas europeias de regulação das redes, e disse que os valores democráticos precisam ir além do discurso.


“Precisamos fazer mais do que apenas falar sobre valores democráticos, precisamos vivê-los”.
A plateia ouviu em silêncio a maior parte do tempo, num testamento do incômodo que o conteúdo as fala de Vance causava.


Ele disse que a liberdade de expressão estava em recuo na Europa e, ao destacar a centralidade que o tema tem para a gestão Trump, sentenciou: “Em Washington há um novo xerife na cidade”.


O vice americano repetiu a demanda de Trump de que os aliados da Otan aumentem seus gastos com defesa. “Não há segurança se você tem medo das escolhas feitas pelo seu próprio povo”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado