O Conselho de Ministros da UE chegou a um acordo sobre um documento de conclusões, que ressalta que o status da cidade deve ser estipulado através de negociações entre israelenses e palestinos.
Após uma longa discussão, a UE eliminou da minuta a menção a Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino.
No entanto, o Conselho da UE manteve a maioria dos pontos em disputa, entre os quais ressaltou sua “profunda preocupação” com a situação em Jerusalém Oriental e lembrou que “nunca reconheceu a anexação” dessa parte da cidade por Israel.
A UE também pede ao Governo israelense que pare com “qualquer tratamento discriminatório” aos palestinos de Jerusalém Oriental, e ressalta que, para que haja uma paz duradoura, é preciso encontrar uma via negociada “para resolver o status de Jerusalém como futura capital de dois Estados”.
Além disso, mantém a disposição da União Europeia de reconhecer, “quando for adequado”, a independência de um Estado palestino
Também afirma que os assentamentos israelenses, o muro de separação em território ocupado por Israel, a demolição de casas palestinas e a retirada de famílias palestinas “são ilegais”, segundo o direito internacional, são um obstáculo para a paz e “ameaçam” tornar impossível a solução de dois Estados.
Por isso, os ministros insistiram em que Israel coloque fim “imediatamente” a todas as atividades de construção de assentamentos, tanto na Cisjordânia quanto em Jerusalém Oriental, assim como o desmantelamento das edificadas ilegalmente desde março de 2001.
Neste sentido, a UE mostrou sua satisfação, “como um primeiro passo”, com o recente anúncio do Governo israelense de suspender durante dez meses as obras de ampliação de assentamentos.
Esta suspensão temporária não convenceu os palestinos, porque não será aplicada em Jerusalém Oriental e porque permite continuar a construção de cerca de 3 mil casas já começadas.
Além disso, a UE sustenta que o bloqueio israelense sobre Gaza é “inaceitável e politicamente contraproducente”.
Os ministros de Exteriores da UE definiram este texto para apoiar os esforços dos Estados Unidos em conseguir uma retomada das negociações entre Israel e palestinos.