A Uber foi condenada a pagar 1 milhão e 100 mil dólares a uma passageira que moveu ação judicial contra a empresa. Lisa Irving decidiu recorrer à Justiça após ter mais de 60 corridas recusadas. Lisa é cega e circula com um cão-guia.
Segundo o jornal San Francisco Chronicle, os motoristas chegavam para buscar a estadunidense Lisa Irving e recusavam a corrida quando notavam que teriam que levar o cão-guia, o labrador Bernie, que a acompanha.
Lisa disse ao jornal que, ao ter as corridas recusadas, perdeu vários compromissos como consultas ao médico, a própria festa de aniversário e uma celebração de véspera de Natal na igreja. Em algumas ocasiões, os motoristas eram agressivos e ameaçavam deixá-la no meio da rua por causa do cão.
Em nota, a Uber, que tentou um acordo inicial, disse que espera que os motoristas ajudem passageiros como Lisa. “Nós estamos orgulhosos que a tecnologia da Uber ajudou pessoas que são cegas a encontrar e obter corridas. Espera-se que motoristas usando o app da Uber ajudem passageiros com animais de acompanhamento e obedeçam a acessibilidade e outras leis, e regularmente promovemos educação para os motoristas sobre essa responsabilidade.”
A Uber não vê os motoristas como funcionários, mas sim parceiros. Por isso, a empresa entende que os condutores que são os responsáveis neste caso. Mesmo assim, a condenação foi consumada pela Justiça.