O presidente Donald Trump firmou nesta segunda-feira (24) uma ordem executiva que estabelece a “Missão Gênesis” nos Estados Unidos, uma iniciativa destinada a multiplicar as capacidades do governo em matéria de inteligência artificial (IA) para acelerar a pesquisa e as descobertas científicas.
O plano é parte da estratégia do governo republicano para impulsionar a corrida em grandes tecnologias e manter a vantagem sobre a China em inteligência artificial, e consolidar o domínio dos Estados Unidos neste campo de rápido crescimento.
A Casa Branca também busca formas de impedir legalmente que os estados implementem suas próprias regulamentações sobre inteligência artificial e ameaçou retirar a ajuda federal de quem o fizer.
A ordem executiva encarrega ao Departamento de Energia construir uma plataforma integrada de IA que combinará os supercomputadores do país, os conjuntos de dados científicos federais e instalações de pesquisa para acelerar as descobertas em campos que vão da fusão nuclear à fabricação de semicondutores.
“Os Estados Unidos estão em uma corrida pelo domínio tecnológico global no desenvolvimento de inteligência artificial”, diz o decreto que descreve a IA como “uma fronteira importante para a inovação científica e o crescimento econômico”.
O núcleo da iniciativa é a “Plataforma Americana de Ciência e Segurança”, que proporcionará aos pesquisadores acesso a recursos de computação de alto desempenho, ferramentas de modelagem de IA e conjuntos de dados federais para automatizar as pesquisas.
A plataforma tem como objetivo demonstrar uma capacidade operacional inicial em um prazo de nove meses.
O Departamento de Energia deverá elaborar uma lista com 20 prioridades em um período de 60 dias para os principais desafios científicos.
Os domínios prioritários incluem manufatura avançada, biotecnologia, materiais críticos, energia nuclear, computação quântica e semicondutores, todas áreas nas quais os Estados Unidos enfrentam concorrência frequente da China.
A ordem contempla associações com empresas privadas, universidades e laboratórios nacionais, enquanto exige medidas estritas de cibersegurança para proteger investigações sensíveis.
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