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Socorristas nas áreas rebeldes da Síria pedem ajuda internacional

“De acordo com nossas informações, centenas de famílias continuam desaparecidas ou bloqueadas nos escombros”, acrescentou o porta-voz

Redação Jornal de Brasília

08/02/2023 13h01

Os Capacetes Brancos, grupo de socorristas das áreas rebeldes na Síria, pediram nesta quarta-feira (8) à comunidade internacional o envio de equipes para ajudar nos trabalhos de resgate após o terremoto devastador de segunda-feira.

“Pedimos à comunidade internacional que assuma sua responsabilidade com as vítimas civis. Precisamos que as equipes internacionais de resgate entrem em nossas regiões”, afirmou à AFP o porta-voz dos Capacetes Brancos, Mohammad al Chebli.

“É uma verdadeira corrida contra o tempo, as pessoas morrem a cada segundo nos escombros”, acrescentou.

Os Capacetes Brancos, com anos de experiência adquirida na guerra da Síria, constituem a base das operações de resgate no norte do país, controlado pelos rebeldes.

O balanço do terremoto que atingiu Turquia e Síria na segunda-feira supera 9.500 mortes nos dois países.

“De acordo com nossas informações, centenas de famílias continuam desaparecidas ou bloqueadas nos escombros”, acrescentou o porta-voz.

Mas suas equipes “não possuem cães farejadores para determinar sob quais prédios desabados estão as vítimas” e contam apenas com os moradores para orientá-los nas buscas, disse.

Com o passar das horas, “as possibilidades de encontrar sobreviventes diminuem”, insistiu o porta-voz, entrevistado por telefone.

“Precisamos de equipamentos pesados, peças de reposição para nossos equipamentos”, acrescentou.

O Reino Unido enviará “800.000 libras (967.000 dólares) adicionais aos Capacetes Brancos”, informou o ministério britânico das Relações Exteriores.

Até o momento foram contabilizadas mais de 2.500 mortes na Síria, quase metade delas nas zonas rebeldes do norte, perto da fronteira com a Turquia, onde vivem quase quatro milhões de pessoas.

A ajuda chega às zonas rebeldes por apenas uma passagem de fronteira, a partir da Turquia, mas a rodovia foi muito danificada pelo terremoto, o que dificulta temporariamente os esforços de resgate, segundo a ONU.

© Agence France-Presse

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