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Brasil

Senadores americanos acusam JBS e irmãos Batista de esquema de suborno

Os irmãos Wesley e Joesley Batista são acusados de utilizar recursos de um esquema de suborno para expandir suas operações nos Estados Unidos

Redação Jornal de Brasília

17/08/2021 16h57

Foto: Reuters

O senador e presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Bob Menendez e o senador Marco Rubio enviaram uma carta à Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, na sexta-feira (13), onde pedem para uma investigação ser aberta contra o frigorífico brasileiro JBS e os proprietários de sua controladora, a J&F Investimentos, por meio do Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA. O comitê é presidido por Yellen e tem o poder de revisar e bloquear as aquisições de empresas dos EUA por entidades estrangeiras se as transações oferecerem ameaça à segurança nacional.

Os irmãos Wesley e Joesley Batista são acusados de utilizar recursos de um esquema de suborno para expandir suas operações nos Estados Unidos.

Nos últimos quatorze anos, a JBS S.A. tornou-se cada vez mais ativa no setor de alimentos Estados Unidos, adquirindo inúmeras empresas americanas, como a Pilgrim’s Pride. No entanto, os senadores afirmam que sua expansão foi, em grande parte, alimentada pela corrupção e atividades financeiras ilícitas.

Os senadores condenaram o uso de suborno pela JBS para obter ajuda do Estado a fim de financiar suas aquisições no país e o abuso de seu domínio no setor de empacotamento de carne dos EUA para “inflar os lucros às custas das famílias americanas”, afirmam na carta. “Somente quando soubermos a extensão total e os detalhes das aquisições da JBS S.A. as empresas e consumidores americanos estarão seguros”, completam os senadores.

Menendez e Rubio pediram à secretária Yellen para investigar a JBS depois que a J&F Investimentos concordou, em outubro do ano passado, a pagar uma multa de US$ 256 milhões ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos por acusações de violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA). Os Batista admitiram anteriormente que gastaram cerca de US$ 150 milhões para subornar mais de 1.800 funcionários do governo brasileiro para garantir US$ 1,3 bilhão em empréstimos do Banco de Desenvolvimento do Brasil e fundos de pensão federais.

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