“As Nações Unidas e eu mesmo, pessoalmente, estamos dispostos a fazer tudo o que estiver em nosso poder para ajudar os reféns” das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse Ban à imprensa, depois de se reunir, em Paris, com Ingrid Betancourt, libertada após passar mais de seis anos seqüestrada pela guerrilha.
“A ONU também está disposta a ter um papel construtivo em todo o processo de paz na Colômbia” e, se Uribe “pedir que eu tome esse papel, não pouparei nenhum esforço”, acrescentou.
O secretário-geral lembrou que a “ONU também tentou facilitar um diálogo político entre as partes”, em alusão ao Governo colombiano e às Farc.
Ban manifestou sua esperança de que esta questão seja resolvida de uma vez por todas.
O secretário-geral convidou Betancourt a participar na ONU de “um primeiro fórum de apoio aos reféns de terrorismo”, com o objetivo de “discutir como a comunidade internacional pode ajudar” as pessoas seqüestradas por organizações terroristas.
Afirmou que “a ONU trabalha duro” para “combater todo tipo de violência, de terrorismo”, um assunto do qual falou “com todos os líderes do mundo, inclusive com o presidente Uribe”.
Betancourt, que se mostrou muito agradecida com as declarações de Ban – “é uma honra para mim”, disse -, confirmou que assistirá ao fórum sobre os reféns do terrorismo.
A ex-candidata à Presidência da Colômbia destacou, em mensagem em espanhol aos colombianos, que o compromisso de Ban “é muito importante para nós”.
A franco-colombiana pediu a seus “companheiros seqüestrados” que “tenham fé, pois a comunidade internacional está se movimentando e a libertação tem que chegar em breve”.
Reiterou seu agradecimento ao secretário-geral pelo “interesse nos reféns colombianos, no compromisso com a rápida libertação, que todos esperamos que seja em breve”.
Ban afirmou estar “feliz e emocionado” pelo encontro com Betancourt, que durou pouco mais de meia hora, e disse que “todos estão aliviados pela libertação” da ex-refém.
“Queria me reunir com ela para prestar homenagem à sua coragem, a seu exemplo durante os seis anos de cativeiro”, comentou.
A ex-refém das Farc deve fazer amanhã, através de vários canais de televisão colombianos, um convite à população para participar das manifestações do próximo dia 20 em favor da liberdade de todos os seqüestrados.
Também participará de uma manifestação organizada em Paris, na qual fará uma conexão ao vivo com Bogotá.