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Rússia diz que ímpeto da reunião entre Putin e Trump no Alasca foi perdido

De acordo com o funcionário, “ações destrutivas, principalmente por parte dos europeus”, impediram o avanço das negociações para encontrar um “acordo” para a resolução do conflito na Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

08/10/2025 9h29

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O presidente dos EUA, Donald Trump (à direita), e o presidente russo, Vladimir Putin, posam em um pódio na pista após a chegada à Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, Alasca, em 15 de agosto de 2025. Putin está no Alasca a convite de Trump, em sua primeira visita a um país ocidental desde que ele ordenou a invasão da Ucrânia em 2022, que matou dezenas de milhares de pessoas. (Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

A Rússia afirmou, nesta quarta-feira (8), que o ímpeto para um acordo de paz na Ucrânia foi “em grande parte perdido” após a reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump em Anchorage, Alasca, em meados de agosto.

“Infelizmente, devemos admitir que o forte ímpeto gerado em Anchorage a favor dos acordos (…) foi em grande parte perdido”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov, citado pela agência de notícias RIA Novosti.

De acordo com o funcionário, “ações destrutivas, principalmente por parte dos europeus”, impediram o avanço das negociações para encontrar um “acordo” para a resolução do conflito na Ucrânia.

Após retornar ao poder em janeiro, Trump tentou se aproximar de Moscou para encontrar uma solução para os mais de três anos de conflito na Ucrânia. Como parte desse esforço, ele recebeu Putin com grande pompa no Alasca em 15 de agosto.

Mas essa reaproximação não levou a nenhum progresso concreto nas negociações entre Moscou e Kiev, já que a Rússia exige, em particular, o reconhecimento da anexação de cinco regiões ucranianas.

Nas últimas semanas, Trump expressou uma crescente frustração com Moscou, comparando a Rússia a um “tigre de papel”, que parece poderoso, mas não é, e descreveu sua situação econômica como crítica.

Nesse contexto, autoridades americanas de alto escalão consideraram recentemente a venda de mísseis Tomahawk de longo alcance para europeus, para entrega à Ucrânia.

Na última quinta-feira, Putin afirmou que o envio dessas armas para Kiev representaria “uma nova escalada” entre Moscou e Washington, já que “o uso de Tomahawks é impossível sem a participação direta do Exército americano”.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Ryabkov, pediu a Washington nesta quarta-feira que aborde essa potencial opção “de forma sensata e responsável”.

© Agence France-Presse

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