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Reino Unido manterá bloqueio até março, Áustria expande restrições até 7/02

A Inglaterra mergulhou em seu terceiro confinamento nacional em 5 de janeiro, com o fechamento do comércio de itens não essenciais e de escolas, exceto para um pequeno grupo de alunos

Marcus Eduardo Pereira

17/01/2021 13h01

Passageiros e funcionários circulam vestindo máscaras contra o novo coronavírus (Covid-19) no Aeroporto Internacional Tom Jobim- Rio Galeão. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O relaxamento das restrições para combater a disseminação da covid-19 no Reino Unido não deve começar antes de março, indicou o secretário de Relações Exteriores,Dominic Raab, neste domingo.

“O que queremos fazer e sair desse bloqueio nacional o mais rápido possível, o plano que eu descrevi é que no início da primavera, esperançosamente em março, estaremos em posição de tomar essas decisões”, disse Raab, em entrevista à Sky News. “Acho que é certo dizer que não faremos tudo em um big bang. À medida que encerrarmos o bloqueio nacional, acho que acabaremos adotando uma abordagem em camadas.”

A Inglaterra mergulhou em seu terceiro confinamento nacional em 5 de janeiro, com o fechamento do comércio de itens não essenciais e de escolas, exceto para um pequeno grupo de alunos.

Os ministros sugeriram inicialmente que o bloqueio poderia ser amenizado em meados de fevereiro, com uma revisão das regras prevista para esta semana, mas a legislação permite que as restrições continuem até o fim de março. Isso gerou preocupações de muitos parlamentares conservadores que pediram a Downing Street que fornecesse um roteiro para evitar o bloqueio nos próximos meses.

O primeiro-ministro Boris Johnson estabeleceu como meta dar a primeira dose da vacina a 14 milhões de pessoas, em sua maioria idosos e vulneráveis, até meados de fevereiro. Raab disse que a meta é vacinar todos os adultos até setembro. “Se pudermos fazer isso mais rápido, ótimo, mas esse é o plano”, disse. O chanceler se recusou a garantir que todos receberão a segunda dose da vacina em 12 semanas. Ele disse apenas que o governo “deveria ser capaz de cumprir isso”.

Mais de 3,5 milhões de pessoas no Reino Unido receberam a primeira dose de uma vacina contra o coronavírus, com 324.000 doses administradas no espaço de 24 horas.

Na Áustria, por sua vez, o governo anunciou a extensão do bloqueio no país até 7 de fevereiro. O chanceler Sebastian Kurz disse neste domingo que algumas medidas também serão reforçadas, como resultado das variantes mais infecciosas que foram detectadas pela primeira vez na Grã-Bretanha e na África do Sul.

Segundo ele, a partir de agora, as pessoas serão solicitadas a ficar 2 metros de distância em vez de 1 metro. E a partir de 25 de janeiro, as pessoas também deverão usar máscaras de proteção completas no transporte público e nas lojas, em vez de apenas coberturas faciais de tecido. Pessoas com baixa renda receberão essas máscaras gratuitamente.

O atual bloqueio da Áustria, o terceiro desde o início da pandemia, começou em 26 de dezembro e terminaria em 24 de janeiro. Kurz disse que a Áustria está empenhada em evitar uma situação como a da Grã-Bretanha e da Irlanda, onde as infecções aumentaram acentuada e rapidamente à medida que novas variantes se instalaram. Até agora, a Áustria tem mais de 150 infecções suspeitas com a variante britânica, disse Anschober.

Kurz disse que a Áustria precisa chegar o mais perto possível de um nível de infecção de 50 novos casos por 100.000 residentes em 7 dias. O número agora é de 131. “Nosso objetivo é se aproximar este número até 8 de fevereiro e iniciar os primeiros passos para a abertura em 8 de fevereiro”, com a reabertura de escolas, lojas de itens não essenciais, museus e serviços como cabeleireiros. Mas ele disse que restaurantes e hotéis terão que esperar mais. “Temos que assumir neste momento que, pelo menos em fevereiro, não será possível abrir o turismo e os serviços de alimentação”, disse, acrescentando que a decisão será tomada em meados de fevereiro.

A Áustria tem cerca de 8,9 milhões de habitantes e registrou quase 390 mil casos de covid-19 e 6.964 mortes relacionadas à doença.

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