O governo do Reino Unido havia pedido a libertação dos prisioneiros em agosto, decease num sinal de mudança em sua política, já que, antes, se recusava a intervir em casos que não dissessem respeito diretamente a cidadãos britânicos.
Segundo a BBC, que também informou que um anúncio oficial será feito nas próximas semanas, os quatro prisioneiros que sairão de Guantánamo são o líbio Omar Deghayes, o saudita Shaker Abdur-Raheem Aamer, o jordaniano Jamil el-Banna e o etíope Binyam Mohammed al-Habashi.
Deghayes, Banna e Habashi voltarão para o Reino Unido. Já Aamer retornará à Arábia Saudita, enquanto o argelino Abdulnour Sameur continuará preso.
Antes de serem presos, os cinco homens – alguns deles viveram e trabalharam no Reino Unido durante décadas – tinham status de refugiados ou vistos de residência permanente ou excepcional.
Os EUA acusam o jordaniano Jamil el-Banna de financiar e recrutar membros para a Al Qaeda. Já o líbio Omar Deghayes é acusado de ligação com a mesma rede terrorista. Por sua vez, o argelino Abdulnour Sameur responde a acusações de treinamento de terroristas no Afeganistão. As autoridades britânicas e americanas negociaram bastante a libertação dos cinco prisioneiros, considerados perigosos pelo Pentágono.
Washington quer que Londres prove que os presos não representam nenhuma ameaça à segurança. A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) afirmou que a notícia é “muito bem-vinda”.
“Sempre dissemos que Guantánamo é uma paródia da Justiça e que os presos deveriam ser submetidos a julgamentos adequados, libertados e levados para países seguros”, disse Neil Durkin, porta-voz da AI.
Desde o conflito de 2001 no Afeganistão, o centro de Guantánamo abriga centenas de presos privados de assistência legal, entre eles membros do regime talibã afegão derrubado e supostos terroristas da Al Qaeda.