O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, pediu hoje aos delegados dos 192 países presentes na inauguração da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15) que definam um acordo “aceito por todos, justo, equitativo, efetivo e operacional”.
Rasmussen revelou que 110 chefes de Estado e de Governo já confirmaram presença na parte final da conferência, o que reflete “um momento político na mudança climática sem precedentes, uma oportunidade enorme que o mundo não pode desperdiçar”.
Os líderes mundiais “não vêm falar, mas agir”, lembrou o primeiro-ministro dinamarquês, ao abrir a cúpula, que acontecerá no na capital dinamarquesa até 18 de dezembro.
O acordo a ser assinado no final da conferência deve responder a todos os problemas colocados pela mudança climática e se basear na conferência de Bali de 2007, reunindo os progressos feitos nas negociações e facilitando a ação imediata, disse o primeiro-ministro dinamarquês.
Rasmussen ressaltou que é preciso transformar a vontade política existente na comunidade internacional em um acordo “forte e ambicioso”, e que as diferenças existentes podem ser resolvidas, por isso sua chamada aos delegados para que sejam construtivos, abertos e realistas.
“Podemos mudar e temos que mudar. O mundo depositou em nós sua esperança em um futuro melhor como poucas vezes antes”, afirmou o líder dinamarquês.
A sociedade civil também terá papel importante na obtenção de um acordo, por isso é necessário envolvê-la em todo o processo, segundo Rasmussen.
“Um acordo está ao alcance de todos, podemos tornar realidade o que temos que conseguir”, disse.
Rasmussen deve receber hoje as mensagens de representantes juvenis, pesquisadores, legisladores, empresários e ONGs, cujas recomendações repassará aos delegados reunidos na COP15, informou o escritório do primeiro-ministro dinamarquês.