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Claudia Sheinbaum, 63, presidente do México, foi alvo de assédio sexual na terça-feira (4) enquanto caminhava pelo centro da Cidade do México para participar de um evento público nas proximidades do palácio presidencial.
QUEM É CLAUDIA SHEINBAUM
Claudia Sheinbaum nasceu em 24 de junho de 1962, na Cidade do México. Vem de uma família judia, laica e de esquerda. Seus avós migraram da Bulgária e da Lituânia para o México, fugindo da Segunda Guerra Mundial.
Sua mãe, Annie Pardo, foi professora universitária e perdeu o cargo após denunciar o massacre de estudantes na década de 1960. “Sou filha de 1968”, costuma repetir Sheinbaum, em referência ao movimento estudantil que marcou sua geração.
Durante os anos de universidade, integrou o Conselho Estudantil Universitário. O grupo foi decisivo para barrar a tentativa de privatizar a Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) e se tornou um berço de líderes da esquerda mexicana.
Na mesma instituição, Sheinbaum se formou em física. Depois, fez mestrado em engenharia de energia e doutorado em engenharia ambiental. Realizou parte dos estudos na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Ingressou na política em 2000, como secretária de Meio Ambiente. Em 2018, foi eleita prefeita da Cidade do México. À frente da capital durante a pandemia de covid-19, destacou-se pela confiança na ciência e no uso da tecnologia, mesmo em meio às críticas pela alta mortalidade. O livro “Presidenta”, de Jorge Zepeda Patterson, ressalta que “ela usava máscara, mesmo na presença de López Obrador”.
Sheinbaum foi casada duas vezes. O atual marido, Jesús Maria Tarriba, foi seu colega de faculdade. Eles se reencontraram em 2016, pelo Facebook, e se casaram em novembro de 2023. Do primeiro casamento, com Carlos Imaz Gispert, ela tem dois filhos: Rodrigo Ímaz Gispert, seu enteado, e Mariana Imaz Sheinbaum.
Foi a pessoa que recebeu maior porcentagem de votos na história do México. Ela foi escolhida por 35,9 milhões de eleitores – quase 60% do total, porcentagem bem maior que a conquistada pela adversária Xóchitl Gálvez, que não chegou a 30% dos votos.
O QUE ACONTECEU
Durante o trajeto, Sheinbaum cumprimentava simpatizantes quando um homem se aproximou. Ele colocou um braço em seus ombros e, com o outro, tocou sua cintura e peito, tentando beijá-la no pescoço.
Apenas depois da tentativa de beijo um segurança interveio, afastando o agressor, identificado como Uriel Rivera. Segundo as autoridades, o homem parecia estar sob efeito de drogas ou álcool, foi detido e encaminhado à Promotoria especializada em crimes sexuais.