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Qualquer plano de paz para Ucrânia precisa de Kiev e da Europa, diz chefe da diplomacia da UE

Kallas afirmou que, pelo que sabia, não houve nenhuma contribuição ao plano por parte da Ucrânia nem de seus aliados europeus

Redação Jornal de Brasília

20/11/2025 9h52

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Foto de folheto / Serviço de Emergência Estadual da Ucrânia / AFP

A paz na Ucrânia só poderá ser alcançada com o envolvimento de europeus e ucranianos, afirmou a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, nesta quinta-feira (20), em resposta ao novo plano impulsionado pelos Estados Unidos.

Washington elaborou uma proposta para encerrar o conflito de mais de três anos na Ucrânia, que prevê que Kiev ceda território e reduza seu exército pela metade, disse na quarta-feira à AFP uma autoridade de alto escalão próxima ao tema.

“Para que um plano funcione, é necessário que os ucranianos e os europeus estejam envolvidos, isso é muito claro”, afirmou Kallas nesta quinta-feira à imprensa em Bruxelas.

“Temos que entender que nesta guerra há um agressor e uma vítima. Portanto, não ouvimos falar de nenhuma concessão por parte da Rússia”, acrescentou.

O plano proposto por Washington, parece alinhar-se com as demandas de Moscou, que Kiev rejeitou repetidamente como um sinônimo de capitulação.

Kallas afirmou que, pelo que sabia, não houve nenhuma contribuição ao plano por parte da Ucrânia nem de seus aliados europeus.

“A paz não pode ser a capitulação”, adicionou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, ao chegar a Bruxelas para uma reunião com seus homólogos da UE.

“Os ucranianos sempre rejeitarão qualquer forma de capitulação”, insistiu, recordando que os europeus defendem o princípio de uma paz “justa” e “duradoura”.

Sob a proposta americana, a Ucrânia também deverá ceder seu armamento de longo alcance, segundo a fonte, que pediu anonimato.

AFP

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