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Mundo

Pyongyang promete desmantelar em outubro seu maior reator

Arquivo Geral

12/07/2008 0h00


Os seis países negociadores no processo de desnuclearização da Coréia do Norte encerraram hoje sua reunião de três dias com a criação de um mecanismo de verificação do arsenal desse país e o compromisso de Pyongyang de desmantelar seu principal reator em outubro.

Segundo a agência oficial de notícias “Xinhua”, approved as duas Coréias, Estados Unidos, Rússia, Japão e China chegaram a um consenso para verificar a declaração nuclear apresentada pela Coréia do Norte no final de junho, assim como pedia a segunda fase do desarmamento.

Uma equipe de especialistas visitará as instalações nucleares norte-coreanas, analisará seus documentos e se reunirá com os engenheiros nucleares do regime stalinista a fim de verificar o inventário, um plano defendido pelos EUA.

O delegado americano, Christopher Hill, assinalou que a verificação pode durar “semanas ou meses”.

Em troca do desmantelamento de Yongbyon – principal instalação nuclear norte-coreana sem atividade há meses – antes do fim de outubro, China, EUA, Rússia, Japão e Coréia do Sul completarão o envio de um milhão de toneladas de petróleo pesado e de outras ajudas econômicas para Pyongyang.

A Coréia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em 9 de outubro de 2006, o que desencadeou uma crise internacional que levou a ONU a aplicar sanções contra o regime norte-coreano.

Um ano depois, os seis países alcançaram um acordo de três fases para a desnuclearização, que incluía a entrega de uma declaração de seu arsenal nuclear no fim de 2007, mas que atrasou até junho, em troca de Washington retirar Pyongyang de seu “Eixo do Mal” e de suspender suas sanções econômicas unilaterais.

O inventário atômico incluía somente as instalações nucleares de plutônio da Coréia do Norte, mas não o armamento produzido.

As negociações foram retomadas na quinta-feira em Pequim para pactuar uma verificação do arsenal e iniciar a terceira parte do processo, que inclui uma declaração completa das armas fabricadas e do suposto programa secreto de urânio, assim como seu completo desmantelamento em troca da ajuda internacional.

Os grupos de trabalho de desnuclearização, ajuda econômica e energética dos seis países mantiveram uma reunião paralela à dos chefes de delegação.

O diálogo a seis começou em 2003, quando Washington acusou Pyongyang de estar desenvolvendo um programa de enriquecimento de urânio que transgredia os acordos bilaterais.


 

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