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Principal aeroporto do Haiti reabre após 3 meses fechado devido a onda de violência

As companhias aéreas dos EUA não devem começar a usar o aeroporto até o final de maio ou início de junho, de acordo com a ABC News

Redação Jornal de Brasília

21/05/2024 20h55

Foto: Richard Pierrin / AFP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O principal aeroporto internacional do Haiti reabriu na segunda-feira (20) pela primeira vez em quase três meses, depois que a implacável violência de gangues forçou as autoridades a fechá-lo.

A reabertura do aeroporto Toussaint-Louverture na capital, Porto Príncipe, é esperada para ajudar a aliviar a escassez crítica de medicamentos e outros suprimentos básicos.

Apenas uma companhia haitiana, a Sunrise Airways, anunciou até agora que retomou as suas ligações entre Miami e Porto Príncipe, de acordo com a rádio pública francesa RFI.

O local teve que encerrar as atividades temporariamente no início de março após ataques coordenados, no final de fevereiro, de gangues que tentavam derrubar o então primeiro-ministro Ariel Henry. À época, ele não conseguiu voltar para casa após viagem ao Quênia devido às ameaças que recebeu no Haiti.

As companhias aéreas dos EUA não devem começar a usar o aeroporto até o final de maio ou início de junho, de acordo com a ABC News. O primeiro voo comercial de passageiros desde março partiu para Miami quase duas horas atrasado, com passageiros suando e reclamando da falta de ar condicionado até a decolagem, segundo o canal americano.

Até então, o único aeroporto que estava em operação no Haiti era o da cidade costeira norte de Cap-Haitien.

Quando o conflito teve início, o governo dos EUA retirou centenas de seus cidadãos por helicóptero de um bairro montanhoso em Porto Príncipe, assim como ONGs, enquanto gangues dominavam partes da capital.

Os ataques começaram em 29 de fevereiro, com homens armados assumindo o controle de delegacias de polícia, abrindo fogo no aeroporto de Porto Príncipe e invadindo as duas maiores prisões do Haiti, libertando mais de 4.000 detentos.

Mais de 2.500 pessoas foram mortas ou feridas no Haiti de janeiro a março, um aumento de mais de 50% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a ONU.

O Haiti, país pobre do Caribe, enfrenta uma grave crise política, humanitária e de segurança desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021. As forças de segurança estão sobrecarregadas pela violência das gangues, que assumiram o controle de várias áreas do país, incluindo na capital.

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