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Presidente do Irã diz que Israel tentou assassiná-lo

“Eles tentaram, sim. Agiram nesse sentido, mas falharam”, respondeu Pezeshkian

Redação Jornal de Brasília

07/07/2025 13h41

Foto: Iranian Presidency / AFP / CP

Foto: Iranian Presidency / AFP / CP

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, acusou Israel de tentar assassiná-lo, sem especificar quando, em uma entrevista concedida ao apresentador americano Tucker Carlson que foi divulgada nesta segunda-feira (7).

“Eles tentaram, sim. Agiram nesse sentido, mas falharam”, respondeu Pezeshkian à pergunta se ele acreditava que Israel tentou assassiná-lo.

“Eu estava em uma reunião (…) eles tentaram bombardear a área onde ocorreu a reunião”, acrescentou, sem especificar se isso aconteceu durante a breve guerra do mês passado, segundo uma tradução de suas respostas em persa.

O confronto eclodiu quando Israel lançou bombardeios contra o Irã no dia 13 de junho, matando altos comandantes militares e vários cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

Os conflitos desestabilizaram uma rodada de diálogos entre os Estados Unidos e o Irã sobre seu programa nuclear, iniciado em abril.

Israel defende que lançou os bombardeios para impedir que o Irã obtenha armas nucleares, apesar de Teerã afirmar que seu programa tem fins civis.

Mais de 900 pessoas morreram no Irã durante o conflito, segundo autoridades judiciais iranianas.

O Irã respondeu com uma série de mísseis e bombas contra várias cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Haifa, que deixaram 28 mortos, segundo as autoridades israelenses.

Durante os 12 dias de conflito, os Estados Unidos lançaram bombardeios contra instalações nucleares iranianas em Fordo, Isfahan e Natanz.

Pezeshkian declarou durante a entrevista que não vê “nenhum problema” em retomar as conversações com os Estados Unidos.

“Há uma condição (…) para retomar as negociações. Como vamos voltar a confiar nos Estados Unidos?”, questionou.

O mandatário iraniano também alertou que Washington tem dois caminhos para optar em relação à República Islâmica e à região: paz ou guerra.

“O presidente Trump é suficientemente capaz de levar a região para a paz (…) ou colocar-se em um poço sem fim, e essa é uma guerra para a qual [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu quer que os EUA ou o seu presidente sejam arrastados”, completou.

© Agence France-Presse

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