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Polícia portuguesa faz buscas relacionadas ao desaparecimento de Madeleine McCann

As buscas duraram oito horas em três poços desativados na Vila do Bispo, cerca de 15 km a oeste da praia da Luz, onde a menina estava hospedada

Redação Jornal de Brasília

12/07/2020 9h58

Foto: Divulgação

São Paulo, SP

A polícia portuguesa está fazendo buscas em poços para tentar achar pistas da menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu na região turística do Algarve quando tinha três anos, em maio de 2007.

O jornal The Mirror afirmou que as buscas duraram oito horas, na última quinta-feira (9), em três poços desativados na Vila do Bispo, cerca de 15 km a oeste da praia da Luz, onde a menina estava hospedada com seus pais na última vez que foi vista, há 13 anos.

Não há informação oficial sobre o que levou às buscas nesse local, mas a imprensa britânica diz que ele é próximo ao ponto em que uma van que pertencia ao principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, 43, foi fotografada na época em que a menina desapareceu.

Brueckner, que está preso na Alemanha por tráfico de drogas, foi apontado como novo suspeito no mês passado, depois de ter sido condenado pelo estupro de uma idosa americana também na praia da Luz, dois anos antes do desaparecimento da família britânica (ele recorre dessa condenação).

Em 2007, quando Madeleine sumiu, ele morava perto do resort em que a família McCann estava hospedada. As investigações sobre o caso são conduzidas pelas polícias britânica, portuguesa e alemã.

As polícias britânica e portuguesa tratam o caso como desaparecimento, e os pais da menina, Kate e Gerry, dizem esperar que ela ainda esteja viva.

O porta-voz da Promotoria de Braunschweig, que lidera a investigação sobre Brueckner na Alemanha, afirmou no mês passado que a polícia tem “evidências concretas” de que Madeleine foi morta, embora elas não sejam suficientes para levar o suspeito a julgamento.

O Serviço Federal de Polícia Criminal da Alemanha (BKA) começou a desconfiar da ligação de Brueckner com o sumiço da menina britânica durante a investigação de um outro caso, da alemã Inga, 5, em 2015 na região da Saxônia-Anhalt.

O suspeito vivia na época a cerca de 90 km de onde ela desapareceu e entrou no radar da polícia por causa de uma conversa online de dois anos antes em que ele diz ao interlocutor que gostaria de fazer sexo com uma criança. À objeção de que seria perigoso ele disse que “as evidências poderiam ser destruídas depois”.

A polícia não encontrou provas para incriminá-lo no caso de Ingra, mas durante investigações, recebeu novas informações que acredita estarem relacionadas à suposta morte de Madeleine.

Segundo a mídia alemã e britânica, um amigo de Brueckner afirmou que em 2017, ao ver no televisor de um bar uma reportagem sobre o desaparecimento da menina britânica, o suspeito teria dito que sabia o que havia acontecido com a criança. Na mesma ocasião, ele teria mostrado um vídeo de si mesmo estuprando uma mulher, o que ajudou em sua condenação no estupro da americana.

O investigador Christian Hoppe, da polícia alemã BKA, afirmou no mês passado que Madeleine pode ter sido morta quando o suspeito assaltava o apartamento da família.

O policial português que liderou as investigações durante cinco meses em 2007, porém, afirma que Brueckner é um bode expiatório. Segundo Gonçalo Amaral, que publicou o livro “A Verdade da Mentira” sobre o caso, defende a tese de que a menina morreu por acidente e o sequestro foi simulado por seus pais.

O novo suspeito alemão chegou a ser investigado pela polícia portuguesa em 2007, mas não foi indiciado.

As informações são da Folhapress

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